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Serra do Mendanha: entre trilhas e cachoeiras – RJ

Certo dia, eu estava navegando pela internet quando resolvi fazer uma busca sobre as cachoeiras do Rio de Janeiro. Deparei-me, então, com a Cachoeira do Mendanha, na Serra do Mendanha, em Campo Grande – RJ. Apesar de ter encontrado diversos sites falando sobre o lugar, nenhum apresentava informações precisas de como chegar. Perguntei para alguns amigos que moram em Campo Grande e ninguém conseguiu me indicar o caminho.

Mesmo sem saber ao certo como chegar, mandei um e-mail para vários amigos aventureiros perguntando quem estaria interessado em fazer a aventura. Em um domingo de muito sol, então, eu, a Kátia (minha namorada), a Fernanda, a Patrícia e o Guará (meu cachorro vira-lata), partimos em direção a Campo Grande, via Avenida Brasil.

Pelo que eu tinha observado no mapa, o rio que se localizava as quedas, o Guandu Sapê, fica no lado direito da Av. Brasil (no sentido Centro – Zona Oeste). A entrada para Campo Grande é feita pela Estrada do Mendanha que corta a Av. Brasil por baixo. Dessa forma, virei para a direita na Estrada do Mendanha e comecei a pedir informações para chegar na trilha. Em resumo, o caminho que deve ser feito é o seguinte: seguir até o final da Estrada do Mendanha, virar a esquerda, subir uma pequena serrinha, virar a direita na Estrada Abílio Bastos (existe uma placa mostrando a entrada para a estrada; ela começa em frente a uma igreja Batista que existe no lado esquerdo da descida da serrinha), seguir na Abílio Bastos até aparecer uma escola e em fim, virar a esquerda. Desse ponto em diante a pista é de terra. Se você não tem um 4X4 e tem amor pelo seu carro, é melhor estacionar e seguir a pé até o início da trilha. Caso contrário é possível fazer um pequeno rally e estacionar o carro mais acima.

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Eu, como não tenho pena alguma do meu pequeno Ford Ka, resolvi seguir de carro até lá em cima. Estacionamos em frente ao início da trilha, que é sinalizada, mas fica escondida pela mata densa. Nós mal saímos do carro e o Guará, um eterno aventureiro, já partiu em direção ao desconhecido! Os primeiros minutos da trilha são os mais penosos, pois é relativamente íngreme. Logo depois fica mais tranqüilo. Enquanto caminhávamos o Guará transitava entre o primeiro e o último da fila para verificar se todos estavam bem. Durante o trajeto, nos deparamos com algumas bifurcações, mas nada que o bom senso não resolvesse. A única grande bifurcação que gera dúvidas fica localizada a cerca de 40 minutos do início. Nessa parte existe uma trilha que sobe e outra, maior, que desce. Para nossa sorte, exatamente nesse ponto, encontramos um grupo que conhecia a trilha e eles nos falaram que o caminho correto é para baixo.

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Logo depois da bifurcação duvidosa nós nos deparamos com a Cachoeira do Mendanha, que na realidade, deveria ser chamada de complexo de cachoeiras do Mendanha. A serra na qual o Rio Guandu Sapê se localiza é um vulcão extinto. Dessa forma, vários poços se formaram em função das atividades vulcânicas do passado remoto. Em um pequeno pedaço do rio que nós visitamos existiam duas quedas grandes (algo em torno de uns 15 metros), uma média, uma pequena, dois grandes poços para nado e um escorrega. É diversão garantida!

Quando chegamos, por ser domingo, a cachoeira estava relativamente cheia de gente. Após tirar algumas fotos iniciais, resolvi arriscar uma descida pelo escorrega. Para minha surpresa o Guará veio atrás de mim e desceu também! Chegando no poço ele ficou meio desesperado e queria subir de volta pelo escorrega. Só depois de um tempo ele percebeu que teria que nadar até a borda do poço para sair. Repeti a descida, mas na segunda vez o Guará teve que ser rebocado para descer comigo. Nesse mesmo poço do escorrega existia uma corda que estava presa na encosta do morro (ainda na trilha) e que ia até o outro lado do rio. As pessoas se amarravam em uma outra corda e desciam como se estivessem em um teleférico e caíam dentro do poço. Apesar de não ter feito a descida, deve ser muito legal!

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Enquanto eu e o Guará percorríamos todas as quedas do “complexo”, as meninas preferiram ficar pegando um sol e mergulhando no primeiro poço. Nós permanecemos nesse paraíso por cerca de 3 horas. Só saímos, pois o sol começou a se esconder atrás da mata e um vento gelado começou a soprar. Um morador da região nos disse que o ideal para visitar a serra é chegar bem cedo e percorrer o leito do Rio Guandu Sapê, pois existem várias quedas de água em seu curso. Dias depois, quando mostrei as fotos da aventura para meus amigos “Campo Grandenses”, eles mal podiam acreditar que algo desse tipo existia bem debaixo de seus narizes. Esse passeio só me fez acreditar cada vez mais que nossa cidade é uma das mais belas do mundo e que ainda existem muitos lugares a serem desbravados!

Autor: Régis Lopes
E-mail: [email protected]

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

26 Comentários

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  1. Moro na Estrada do mendanha próximo ao westshopping e nem sabia que existia uma cachoeira linda dessas aqui no bairro, parabéns pela postarem.

  2. Olá, conheço essa cachoeira desde 1999. Ela era pouco frequentada e via muitos moradores locais. A ultima vez que estive nela foi m 2004, provavelmente, e lembro que em algumas das minhas visitas a cachu tinha uma galera meio barra pesada. O ambiente nao estava muito familiar. Quando você foi estava tranquilo? Tinha famílias?

  3. Nossa!! Muito legal!! Estou doida para fazer a trilha até a cachoeira do Mendanha. Moro perto, porém, nunca fui. Existe grupos que se reúnem para trilhas nesse local?

  4. ha alguem quem faça trilha para pecorrer esses lugares amei fui ontem mas esta muito diferente e so achei um lago bem pequeno queria saber se tem alguem ou alguma turma que faça trilha para fazer todos esse percusso achei muito lindo essas fotos todo seu comentario muito show amo natureza trilha cachoeira e se nao tiver que alguem podesse organizar seria legal uma trilha p galera nao sei algo do tipo

  5. Maurício, Boa tarde!!
    Curti muito esse lugar e fiz um grupo para poder ir lá.
    Para quem nunca foi neste lugar tem como se perder.
    Quanto tempo ao todo de caminhada até a Cachoeira. Qual melhor horário para chegar lá..

  6. Adorei o post, estou pensando em mudar de vida e começar a fazer trilhas. 1º Projeto ir na cachoeira do mendanha. Estava com um pouco de receio, porque apesar de querer expandir horizontes, não sou bem uma nature girl. Seu post me deu força e incentivo pra ir fundo. Obrigada!!

  7. Maurício estáde parabéns! Excelente dica e sem suas coordenadas não conseguiria chegar (ou quase). Eu fui de ônibus, ou seja quem quiser ir dessa forma também não é árdua. Tem vários ônibus na Central (aconselho a pegar o ônibus executivo é mais caro, mas mais rápido e confortável), saltar assim que ele saia da Av Brasil no trevo do Mendanha, vai seguir uns 50m vire a direita logo avistará o ponto (fica do lado de um bar) e pegará o 895 – Serrinha e saltar no início da trilha. Após tem uma caminhada boa com a natureza de uns 90 minutos.
    Que vale a pena. Cachoeiras lindas, lindas! Muito gratificante. Só fiquei triste em ver que nem todos tem educação e já próximo a chegar a cachoeira muita sujeira garrafas pet e latinhas de cerveja.
    Contudo vale muito a pena!
    Parabéns pela dica Maurício.

    • Excelentes dicas Edu! Brigadão pela colaboração para deixar nossas dicas do post ainda mais completas.
      Infelizmente existem pessoas sujas deixando seus rastros por onde passam.
      Sempre que podemos, levamos sacos de lixo em nossas trilhas para trazer as sujeiras que encontramos no caminho de volta.
      Grande abraço. 😉

  8. Que fotos maneiras, Maurício. A Serra do Mendanha é realmente um lugar lindo. Frequento esse paraíso desde 1991, quando servi na Brigada Paraquedista. Não conheço seus gostos por trilhas, mas se quiser algo mais radical, você pode subir a estrada das torres até quase o final e descer uma trilha à esquerda. Você desce pela calha do rio Guandu do Sapê por umas quatro ou cinco horas e é um espetáculo atrás do outro, com poções quase intocados. Abs

  9. Olá Mauricio, eu já fiz a trilha 3 vezes até a cachoeira q tem o escorrega, mas ainda ñ conheço essa cachoeira véu de noiva, vc poderia me explicar como chegar nela? Obrigada

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