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Travessia Marins x Itaguaré

Olá! Estou enviando um relato de uma aventura pela qual passei este ano. Espero que gostem!… e coloquem no site para que outros aventureiros possam sentir um pouco da emoção que eu senti.

PRIMEIRO DIA 29/01/00 – Descemos do ônibus 3:33 da madrugada (1300m de altitude) e iniciamos a caminhada pela estrada de terra. Chegamos ao local em que era o bar (1520m.) por volta das 8 da manhã. Após um longo descanso iniciamos a subida até o morro do careca (1740m) sendo que o Jotapê e o Shi caregavam 6 litros de água cada, e eu carregava 10 litros. Isso porque eu acreditava que a água do Marins não estivesse com um bom aspecto como das outras vezes, e a próxima água depois do Marins seria apenas no Itaguaré no fim da travesssia (detalhe a água do Marins até que estava um pouco melhor devido a época de chuvas). O ritmo dos dois (modestamente) estava bem inferior ao meu, tive por várias vezes que esperar-lhes. Chegamos ao riacho dos Marins (2160m) as 18:23 onde decidimos passar a noite. Fizemos o rango e depois ás 20:00 resolvi subir para o pico sozinho, levando algum rango, saco de dormir e uma lona do JP p/ fazer um bivaqui. Apesar das dificuldades cheguei ao cume (1421m) às 21:20 onde fui recebido com muita alegria pelo casal Frank e Andrea que eu havia conhecido na subida.

SEGUNDO DIA 30/01/00 – O cume dos Marins estava tomado pela neblina e desci com o casal 11:42, chegando ao riacho 12:44 de onde o casal desceu p/ o Careca,e eu e os dois novatos partimos p/ a Pedra Redonda às 14:19. Passamos pelo pico Marinzinho (2432m) às 4:00, chegando à Pedra Redonda (2353m) às 19:00 de onde fomos p/ o Acampamento 3 (2300m), próximo dali. Durante a noite deixei o meu recado no livro de trilha da Pedra Redonda (que tomei a liberdade de levar comigo até o Acampamento 3 e devolvê-lo no dia seguinte, já que apenas nós estávamos atravessando). O livro anterior foi trocado pelo pessoal do CEC (Centro Excursonista de Campinas) – pois já estava completo – em novembro de 99 (tive a honra de assinar o primeiro livro duas vezes e tenho a honra de ser um dos primeiros a assinar este novo livro).

TERCEIRO DIA 31/01/00 – Antes de partir levamos o livro até a Pedra Redonda, e saimos às 13:14 decididos a chegar ao Itaguaré. Porem eu não contava com a dificuldade proporcionada pela neblina que estacionou na Mantiqueira nesse dia. Cheguei a achar que estávamos “perdidos”, pelo menos até que o tempo abrisse novamente. Minha cabeça deu um nó e fiquei desorientado, sorte que a neblina deu uma leve brecha e eu pude ver um pedaço do lado mineiro e também o rio Paraíba do Sul e o braço de serra que desce do Itaguaré no lado paulista (esta visão não durou mais que 2 minutos). Alem disso o JP achou o rabo de trilha que neste trecho é meio confuso, pois sai um pouco da direção que parece ser a mais óbvia ( depois lembrei que eu e o Celso – meu irmão mais velho – tivemos também um pouco de dificuldade neste trecho em nossa primeira travessia, só que naquela oportunidade o tempo estava bom). Devido a termos perdido muito tempo naquela errada, não chegamos no pico neste dia, e dormimos em uma área (2270m) à pouco menos de 2 horas dele (apesar de naquelas condições eu não ter certeza disto), onde chegamos às 18:30 sob forte neblina.

QUARTO DIA 01/02/00 – Saimos às 9:50, após uma noite com muita chuva, e estávamos novamente com muita neblina, ainda mais forte que no dia anterior. Nossa sorte é que neste trecho a trilha estava muito bem marcada, e com isso chegamos ao Itaguaré às 11:45, e foi aí que meu conhecimento do local foi importante, pois para chegar ao local correto p/ se descer p/ a mata, com aquela neblina, só mesmo já tendo conhecido o local anteriormente. Digo isso pois o maciço do Itaguaré é composto por 3 picos (o Itaguaré propriamente dito e outros dois menores e bem menos imponentes). No maciço não temos mais o auxilio das marcações do CEC feitas com tinta, e os totens de pedra que existem levam em muitos casos a mirantes ou a “lugar nenhum”. Fui feliz, e sem titubiar achei o local correto p/ a descida p/ a mata. Chegamos ao Barreirro 13:25 e dali ao asfalto foram mais três horas e pouco, onde pegamos o busão p/ Cruzeiro e fomos p/ Jacareí.

Autor: João Carlos.
E-mail: [email protected]
Cidade/UF: Itaguaré – RJ

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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