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Saiba mais sobre o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, o PETAR – SP

O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) é considerado uma das Unidades de Conservação mais importantes do mundo. Abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil e mais de 300 cavernas. É considerado hoje um Patrimônio da Humanidade, reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O PETAR foi criado em 1958, sendo um dos Parques mais antigos do Estado de São Paulo. Sua área de 35.712 hectares abriga o valioso patrimônio natural da Região do Alto Ribeira composto por sítios paleontológicos, arqueológicos e históricos além da grande diversidade biológica característica da Mata Atlântica preservada em toda sua extensão.

História do PETAR

O PETAR é um dos Parques mais antigos do Estado de São Paulo, criado através do Decreto nº 32.283 de 19/05/1958. O PETAR conta com uma área de 35.712 ha, visando resguardar e proteger o rico patrimônio natural da região do Alto Ribeira, representado pela importante biodiversidade dos remanescentes de Mata Atlântica, pelos sítios paleontológicos, arqueológicos, históricos e por abrigar uma das províncias espeleológicas mais importantes do Brasil com mais de 300 cavernas cadastradas pela SBE – Sociedade Brasileira de Espeleologia.

FAUNA DO PETAR

A contiguidade de outras Unidades de Conservação vizinhas, como o Parque Estadual Intervales – PEI, Parque Estadual Carlos Botelho – PECB e Estação Ecológica de Xitué – EEX, aliado à existência de uma área de entorno ainda conservada, assegura à região um contínuo de mata íntegra (>200.000 ha) que permite a existência de espécies faunísticas de amplo território, como a onça-pintada (Panthera onca), o mono-carvoeiro ou muriqui (Brachyteles arachnoides) e gavião-real ou harpia (Harpia harpya). Cerca de 30 outras espécies de vertebrados encontram-se na lista de ameaçados de extinção, como a rara ave marialeque (Onychorhyncus coronatus), a ágil lontra (Lutra longicaudis) e curioso cágado (Hydromedusa maximiliani), entre outros.

FLORA DO PETAR

Em relação à flora, o contínuo ecológico da região permite a sobrevivência de espécies típicas de matas íntegras, como canelas (Ocotea ssp. e Nectandra spp.), cedros (Cedrela fissilis), figueiras (Ficus spp.), jatobás (Hymenaea courbaril), bucúvas (Virola oleifera), etc. Ainda, resultante do bom estado de conservação das matas, encontram-se nestas Unidades de Conservação remanescentes de palmito-juçara (Euterpe edulis), considerada espécie-chave na cadeia alimentar da Mata Atlântica, responsável, através de sua grande quantidade de frutos, pela alimentação de vário animais na floresta. Grande parte de sua extração é ilegal, e esta espécie tem desaparecido das matas não protegidas. Importante também no equilíbrio desta floresta, é a rica variedade de Epífitas (bromélias, orquídeas, lianas), que colonizam os troncos e copas de árvores frondosas, sendo lar para vários tipos de invertebrados e anfíbios, que alimentam grande parte da fauna regional.

CAVERNAS DO PETAR

A existência de matas bem conservadas, aliada à característica de relevo escarpado e cárstico, que faz frente aos ventos do Atlântico Sul, resulta em grandes quantidades de chuva, cuja água é armazenada e escoada por densa drenagem superficial e subterrânea. A região funciona como um enorme reservatório de água para o futuro. Deslumbrantes cachoeiras, formadas por rios cristalinos, lançam-se rumo às planícies, através de altitudes que variam de 200 a mais de 1.000 metros.

Correndo rápido pela acentuada declividade desta porção da Serra de Paranapiacaba, as águas pluviais, saturadas de ácido carbônico proveniente de solos altamente húmicos dos seus arredores, penetram nas fissuras rochosas e desgastam continuamente o calcário, abrindo dutos e galerias, originando um dos espetáculos mais incríveis da natureza: as cavidades naturais ou cavernas calcárias. Seus impressionantes e magníficos espeleotemas (estalactites, estalagmites, cortinas, colunas, flores, etc.) atestam esta contínua e lenta evolução.

Todo um mundo à parte, condicionado pela ausência de luz, encerra-se nestas cavernas, com espécies adaptadas a viverem apenas nestes ambientes, os troglóbios como o bagre-cego (Pimelodella kronei) ou o grilo cavernícola, entre outros, ou dependentes dela, os troglófilos como algumas espécies de morcegos. O alimento para pequenos insetos, aracnídeos, crustáceos, peixes, entre outros, é trazido tanto pelo rio que corta a caverna, como pelas fezes dos morcegos. Esta característica aumenta ainda mais a complexidade da biodiversidade local. Conheça mais sobre a formação das cavernas visitando : http://www.cavernas.com.br

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PRESERVAÇÃO DO PETAR

Minerações ilegais, extração de palmito, caça e pesca, contaminação de rios, desmatamentos, são algumas formas de agressão que ameaçam o PETAR. Além dos trabalhos de fiscalização, os esforços de preservação têm envolvido as comunidades tradicionais que vivem na Unidade e na região de entorno do Parque, criando alternativas econômicas como o ecoturismo, com formação de monitores locais. Sob a responsabilidade do Instituto Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, a implantação do PETAR é realizada por equipe técnico-administrativa e de guardas-parque (vigias e guias), contando com a participação do instituto Geológico, Fundação Florestal, Prefeituras Municipais de Iporanga e Apiaí, Polícia Florestal e de Mananciais, Organizações Não Governamentais (espeleológicas e ecológicas), pesquisadores científicos e um grupo voluntariado de apoio, além de outras instituições.

NÚCLEOS DE CAVERNAS DO PETAR

O PETAR possui quatro núcleos de visitação e apoio às atividades de fiscalização e pesquisa.

O NÚCLEO SANTANA – PETAR, localiza-se no vale do rio Betari, uma das paisagens mais notáveis da região. Oferece diferentes roteiros de visitação tais como a caverna de Santana, a trilha do Betari (Caverna Água Suja, Torre de Pedra e cachoeiras do Betarizinho e Andorinhas) e a trilha do Morro-Preto Couto (Gruta do Morro-Preto, cachoeira do Couto e Caverna do Couto).

O NÚCLEO CABOCLOS – PETAR, localiza-se na região central do Parque. Com relevo de planalto e altitude mais elevada, constitui-se ponto de partida para visitas em cavernas (Chapéu, Aranhas, Água Sumida, Arataca, Pescaria e outras) cachoeiras (Sete Reis e Maximiniano) e outros atrativos. Apresenta infra-estrutura com área de acampamento, sanitários e lavanderia.

O NÚCLEO OURO GROSSO – PETAR, situado próximo ao bairro da Serra (Vale do Betari), conta com um, centro de Educação Ambiental para o desenvolvimento de atividades junto à comunidade local e a rede escolar, além do atendimento aos grupos que executam trabalhos de interpretação ambiental, possuindo um pequeno museu com utensílios tradicionais da região.

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O NÚCLEO CASA DE PEDRA – PETAR, através de uma bela trilha, dá acesso para uma das cavernas com um dos maiores pórticos de entrada do mundo (215 metro de altura) – a Casa de Pedra. O Núcleo conta com uma base de fiscalização e controle turístico, localizada no vale do rio Iporanga.

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NORMAS GERAIS DO PETAR

  • Horário de visita aos Núcleos: de terça a domingo, das 8h às 17h;
  • Para acesso às áreas de visitação restrita é necessária uma solicitação prévia junto à Administração do PETAR;
  • Antes de sair para seu passeio, preencha a Ficha de Visitação junto ao Posto de Guias e oriente-se com os funcionários. A visitação somente é permitida nos roteiros turísticos pré-determinados.
  • É fundamental que um guia do Parque ou monitor credenciado faça o acompanhamento;
  • São cobradas dos visitantes, taxa de ingresso e serviço de monitoria para áreas de visitação extensiva (solicitação prévia);
  • Reservas de grupos organizados de excursão, devem ser feitas com devida antecedência;
  • É obrigatória a utilização de vestuário adequado e equipamentos de segurança de acordo com o tipo de atividade pretendida;
  • Dentro da área do PETAR não é permitido o porte de qualquer espécie de arma ou de materiais destinados à caça e pesca.

DICAS E RECOMENDAÇÕES GERAIS – PETAR

  • O respeito para com o ambiente, outros visitantes e funcionários do parque, assegura um passeio agradável e proveitoso;
  • Muitos acidentes podem ser evitados pelo uso de equipamentos básicos e adequados (capacete, lanterna, calçado antiderrapante, vestimentas confortáveis e outros);
  • Traga de volta todo lixo que produzir (orgânico e inorgânico), guardado-o em sacos plásticos que deverão ser depositados nos latões de lixo existentes;
  • Evite o uso de sabonete, shampoo ou derivados nos rios e cachoeiras;
  • Não retire ou colete sementes, plantas e materiais rochosos;
  • Evite consumir bebidas alcoólicas no Parque;
  • Siga pela trilha principal e não abra trilhas variantes (atalhos);
  • Nas cavernas não retire absolutamente nada, nem mesmo pedras soltas e não toque nos espeleotemas (estalactites e estalagmites) para não alterar sua formação e não sujá-los;
  • Não fume no interior da caverna, pois a fumaça é prejudicial a este delicado ambiente.
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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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