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Praia do Perigoso e Pedra da Tartaruga em Guaratiba – RJ

Pedra da Tartaruga em Guaratiba – RJ
Pedra da Tartaruga em Guaratiba – RJ

Esta viagem já estava sendo combinada há muito tempo, apenas o Junior e o André haviam acampado lá. A propaganda deles foi muito grande, então todos nós ficamos com muita vontade de ir.

Durante o fim de semana anterior, quando fomos fazer rapel no Bico do Papagaio, comentei com o Junior sobre irmos para a Praia do Perigoso no próximo final de semana e ele topou. Nas duas semanas anteriores choveu muito e durante toda semana que antecedeu ao passeio fiquei acompanhando a previsão do tempo para ter a convicção de que o tempo estaria perfeito.

Na sexta-feira combinamos com todo mundo, Rafael, Junior, Thiago, Marcelo, Paty, Juliane e eu. Fomos ao mercado fazer algumas compras e quando voltamos, convencemos o Luizão e a Xanda de irem mais tarde, já que eles não poderiam ir de manhã.

No Sábado de manhã nos reunimos para partir e já que estávamos esperando o pessoal abastecer os carros, fui até a casa do Daniel intimá-lo a vir junto, pois não tinha conseguido falar com ele durante a semana.

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Saímos em direção à Praia do perigoso por volta das 10:30h. Chegando em Guaratiba, tivemos a imagem da restinga que parecia não terminar. O céu estava azul, o sol queimando e o mar calmo. Nos arrumamos e começamos a nossa caminhada.

A caminhada é leve e dura uns 30 minutos, sempre contornando o mar, a vista é de tirar o fôlego. Já de longe, avistamos a Pedra da Tartaruga, que fica entre a Praia do Perigoso e a Praia das Conchas. Estávamos só imaginando o nosso rapel, que seria feito da cabeça da Tartaruga até o meio da montanha totalizando 42 metros de altura, sendo que uns trinta metros em negativo – no vazio, somente pendurado na corda.

Ao chegarmos na praia, tiramos as nossas mochilas, pusemos as roupas de banho, passamos o filtro solar e só fomos pensar em armar acampamento mais tarde. Junior e Juliane foram mergulhar, enquanto Paty, Daniel e eu fomos até as pedras curtir a vista. Rafael, Thiago e Marcelo ficaram na areia. Após isso, montamos acampamento e fizemos a nossa comida. A essa altura os mosquitos já estavam se servindo do nosso sangue. Começamos a colocar nossas calças e casacos, mas para alguns isso não foi o suficiente.

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Mais tarde fizemos uma fogueira e ficamos cantando ao som do violão do Junior. As músicas do The Smiths parecem ter sido as preferidas. Com a noite passando, já chegava a hora de ir buscar o Luizão e a Xanda em Guaratiba e Rafael e Junior se aprontaram e saíram em busca de nossos companheiros. A lua estava muito bonita e iluminava tudo com um holofote. Na trilha, Junior e Rafael não precisaram nem de lanterna e foram correndo. Porém o cansaço de um dia na praia nos pegou e acabamos dormindo antes deles voltarem, só restando Daniel e Thiago acordados. Ainda cheguei a escutar a voz do Luizão, mas não tive forças para me levantar.

No Domingo, de manhã, o pessoal acordou cedo e já fomos caindo na água. Depois de comer, é claro! Vimos um grupo fazendo rapel e, então, Junior, Rafael e Daniel foram colher informações. Thiago e Luizão foram pegar água. E o resto ficou na praia pegando “jacaré”. Depois que todos retornaram à praia, Junior e Juliane foram, mais uma vez, mergulhar. Daniel e eu, alcançamos pelas pedras o local onde Junior e Juliane haviam parado para descansar. Ficamos pulando na água até que, a Xanda chegou com a máquina fotográfica. O pessoal já estava fazendo o almoço, foi então que decidimos voltar depois de tirar algumas fotos.

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Chegando à praia, ficamos jogando o pessoal na água e tentamos fazer uma pirâmide, mas a fome apertou e fomos comer. Depois de alimentados, começamos a arrumar as nossas coisas para fazermos o rapel e, em seguida, irmos embora.

Quando chegamos no topo da Pedra da Tartaruga, o Marcelo deixou o saco de dormir, que estava preso do lado de fora de sua mochila, rolar pelo chão em direção ao precipício por onde iríamos fazer o rrapel e ele caiu lá de cima. Ele ainda tentou correr atrás, mas desistiu quando chegou perto do abismo. Decidimos armar o rapel e quando descêssemos, procuraríamos o saco, que acabou sendo achado pelo Rafael, que o avistou quando estava no meio da corda.

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Junior arrumava as coisas enquanto Rafael e eu descíamos para colocar a corda na trilha de volta, fazer a segurança e tirar as fotos do pessoal. Dividimos as tarefas do rapel da seguinte maneira:

O Junior arrumou os equipamentos lá em cima e conferiu um por um que ia descendo, dando também as últimas instruções aos menos experientes;

O Rafael fazia a segurança – ou seja, segurava a ponta da corda lá embaixo para frear, caso a pessoa descesse muito rápido – e batia as fotos do pessoal;

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Eu guiava o pessoal que ia descendo de rapel para a trilha de volta, amarrando-os a corda, devido ao perigo de um determinado trecho em que era preciso fazer uma pequena escalada e o Daniel fazia a segurança do pessoal nesse trecho, ajudando-os a subir.

Por causa da quantidade de gente que fazia rapel naquele lugar, chegamos meio tarde e agora escurecia. Surgiram então alguns problemas. No nosso grupo havia dez pessoas e tivemos que pensar na ordem da descida, pois os últimos estavam ficando ansiosos ou nervosos. Todos queriam descer no mínimo mais uma vez e a bateria do rádio de comunicação tinha acabado. Nós usávamos o rádio para avisar ao pessoal que estava embaixo que alguém estava descendo ou para trazer algum equipamento de volta, já que era impossível escutar os gritos distantes. A solução foi fazer um telefone sem fio com uns cinqüenta metros de intervalo entre cada um, do alto da pedra até Thiago, Daniel, depois para mim, até chegar no Rafael. Enquanto isso Luizão insistia em descer duas vezes, Daniel já tinha expressado sua vontade em descer duas vezes e depois do Junior desistir de tentar convencer Luizão a descer só uma vez, combinaram que só o Grupo 1 desceria duas vezes. Luizão ainda estava sem o bauldrier e Junior resolveu descer pela sua segunda vez. Quando chegou lá em baixo, tomou a maior bronca do pessoal que lá estava, já entediado, querendo ir embora e sem saber do que estava acontecendo. Ele tinha quase certeza que cada um iria querer descer mais uma vez e não conseguiu explicar a eles naquele momento. Luizão ainda desceu, recolhemos o equipamento e tomamos a trilha de volta a Guaratiba. Não era necessário o uso de lanternas, embora fosse noite, porque a lua iluminava bem a trilha. Mesmo assim, acabei tropeçando numa pedra e caindo, o que me causou um ralado superficial na canela. O pessoal não sabia se ria ou se me ajudava. Depois que viram que estava tudo bem, acabaram todos rindo.

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Quando chegamos aos carros, tivemos uma desagradável surpresa, os brócolis e o espinafre foram esquecidos no carro e com o sol forte durante dois dias e o carro fechado, deixaram um cheiro insuportável parecido com carniça. Porém nada que tirasse o nosso ânimo.

Quando nos encontramos depois, Junior me disse que ao chegar em casa naquele dia, desabou no sofá, em um flash lembrou de tudo o que fez nos dois dias, sorriu e adormeceu.

Autor: Paulo Júnior
E-mail: [email protected]
Site: http://www.trilhaecia.com.br

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

6 Comentários

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  1. A EQUIPE NA TRILHA DA AVENTURA SEMPRE ESTÁ FAZENDO EVENTOS NO RIO EM VÁRIOS LUGARES BACANAS COMO PEDRA DA TARTARUGA, PEDRA DO PONTAL, VIADUTO PAULO DE FRONTIN, ENSEADA DO BANANAL EM ITACOATIARA. EU SEMPRE FACO COM ELES PELO FATO DE TER INSTRUTORES ALPINISTAS IRATA, ABENDI, ANEAC, BOMBEIRO RESGATISTAS E ENFERMEIROS. OS EQUIPAMENTOS DELES SÃO PROFISSIONAIS E UTILIZAM O STOP QUE É AUTOBLOCANTE E MUITO MAIS SEGURO. EQUIPE TOP. MACHADO DA EQUIPE NA TRILHA DA AVENTURA OBRIGADO PELO RAPEL. EQUIPE NOTA 1000 O TELEFONE DA EQUIPE 21 988293105

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