Saiba mais sobre Bombinhas – SC





Formada por 29 praias, quatro ilhas e dois parques ecológicos, Bombinhas, localizada a 60 quilômetros de Florianópolis, é simplesmente encantadora. A Prefeitura de Bombinhas, que há cerca de dez anos emancipou-se de Porto Belo, preservou a vegetação local, tornando a cidade um paraíso ecológico.

Conhecida como a “Capital do Mergulho Ecológico”, Bombinhas é um dos balneários mais procurados por quem pratica o mergulho, conquistando fama devido a seus atributos até mesmo no exterior. Muitos turistas que passam as férias lá aproveitam a oportunidade para matricular-se nas várias escolas de mergulho espalhadas pela cidade, que, além de passeio de barco, oferecem material completo e até um curso básico de mergulho, com direito à habilitação universal.

Preservação e Turismo
Natureza é a principal riqueza

Como os atrativos naturais são a principal riqueza da cidade, quem vai a Bombinhas, deve, em primeiro lugar, saber que o cenário é convidativo para férias sossegadas e um encontro com a natureza. A Reserva Biológica do Arvoredo, por exemplo, formada por um quadrilátero compreendido entre o Calhau de São Pedro, ilha da Galé, a ilha Deserta e a ilha do Arvoredo, é, sem dúvida, um dos lugares mais fascinantes para visitar. Uma boa sugestão para conhecer a reserva é procurar uma das operadoras de mergulho que possui licença para operar na área. Além de dispor de vários passeios para lá durante o dia, também oferecem cursos básicos de mergulho.

O passeio até a ilha – dependendo do tipo de barco, ventos e mar – leva cerca de uma hora. Por isso é importante que você procure um marinheiro experiente para não enfrentar nenhum tipo de dificuldades no mar durante o trajeto. Caminhando sobre as águas, pode-se apreciar a flora e observar a riquíssima fauna marinha. Quando estiver lá, observe o cargueiro LILI (1957), que afundou próximo à Ilha dos Galés.

Localização

Bombinhas é um pequeno município localizado em Santa Catarina, Brasil, que há pouco tempo obteve sua emancipação política, tornando-se um ícone turístico do vasto e privilegiado litoral deste Estado. Com uma área de 36,6 quilômetros quadrados, que avança para o Oceano Atlântico, foi presenteado por exuberantes belezas naturais, motivo de orgulho dos moradores e de admiração dos turistas nacionais e internacionais.

Bombinhas está localizada a cerca de 70 Km de Florianópolis, capital de Santa Catarina e cerca de 250 Km de Curitiba, capital do Paraná. O acesso é feito pela rodovia BR-101, no viaduto para Porto Belo, a estrada nos dois últimos anos foi quase que totalmente duplicada e encontra-se em excelentes condições. O tempo de viagem melhorou muito com a duplicação da estrada e as condições de segurança são excelentes.

A Origem do Nome

O nome do município se dá devido ao barulho das ondas, que tem um estampido de uma bombinha, ao contrario da praia do lado, Bombas, que possui ondas maiores e tem um estampido de uma bomba.

Opções de compras

Bombinhas está próxima de centros de intenso comércio, como: Brusque, Blumenau e Balneário Camboriú. De carro próprio ou através de roteiros terceirizados é possível visitar num só dia todos esses lugares e realizar compra de produtos com preços de fábrica.

Atrações turísticas

Bombinhas é parte de um conjunto de praias que forma a Costa Esmeralda (contando também com Porto Belo e Itapema) geograficamente próxima de muitas cidades turísticas: 70km de Florianópolis; 58km de Nova Trento e Madre Paulina; 70km de Brusque; 80km das cavernas de Botuverá; 90km de Blumenau, a sede da maior festa alemã do país; 30km de Balneário Camboriú; 120km de Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil; 90km de São Francisco, uma das mais antigas cidades brasileiras, fundada em 1504; 132km de Joinville, a cidade das flores e 40km de São João Batista, o terceiro polo calçadista do país.

Curiosidades de Bombinhas

Pedra Descansa Defunto
Encontra-se no alto do morro na divisa entre Bombinhas e Porto Belo. Antes da abertura da estrada atual era o ponto mais alto do antigo caminho. Quando ocorria algum falecimento em Bombinhas (na época distrito de Porto Belo) o corpo do falecido era levado para o único cemitério, que era o da Igreja matriz de Porto Belo, e os carregadores geralmente colocavam o caixão em cima da pedra para tomar fôlego antes de iniciar a decida.

Duas Irmãs
São duas pedras praticamente idênticas, localizadas na praia da sepultura. Acredita-se que foram usadas pelos indígenas que por aqui viviam como pontos de referência astronômica ou marítima.

Toca do Cabo
Existem dois abrigos naturais que levam este nome. Um encontra-se no morro a direita da praia de Fora (Quatro Ilhas), e o outro na praia da Sepultura. Contam os mais antigos que ficou escondido nestas tocas durante vários anos um cabo do exército imperial que lutou na Guerra do Paraguai.

A Cruz da Praia de Fora
Dizem que dois homens após terem encontrado uma cruz na praia de Quatro Ilhas ficaram tão impressionados que resolveram fincá-la no mesmo local onde a acharam. Segundo os moradores e pescadores daquela região, após esse acontecimento, realizaram um lance (pesca) de tainhas jamais visto tal a abundância. Desde então, todos os anos, no dia 3 de maio, alguns pescadores adornam a cruz com flores e fazem pequenas preces, para que haja sempre a mesma fartura na pesca da tainha. Com o passar do tempo, a cruz de madeira foi se deteriorando, sendo substituída por uma cruz de concreto.

Gruta do Monge
Segundo dizem, apareceu na Ilha do Arvoredo um homem que trajava roupas rudes e escuras, similar às de um monge. Este homem abrigou-se em uma gruta existente na Ilha e lá viveu por muito tempo, até que um dia desapareceu da mesma forma que chegou: sem deixar vestígios. O povo da região ficou impressionado com estes fatos, atribuindo a essa pessoa alguma santidade ou bruxaria. Devido a este fato, a gruta ficou conhecida como gruta do Monge.

Praia de Bombinhas
Existem algumas versões para o nome de Bombinhas:
– o barulho provocado pelo bater das ondas que lembra o estouro de uma pequena bomba;
– ao caminhar sobre a areia da praia, o som produzido parecia o de pequenas bombinhas estalando.

Praia de Bombas
As versões para o aparecimento de seu nome são praticamente as mesmas das de Bombinhas. A única diferença é a extensão da praia, cujo bater de suas ondas produz um som mais forte, lembrando uma bomba maior.

Praia de Mariscal
Nome devido à existência numerosa do molusco popularmente conhecido como “marisco” nessa praia.

Piratas, Naufrágios e Tesouros
Inúmeros devem ter sido os piratas e corsários que passaram por estas águas calmas e protegidas, à procura de abrigos naturais. Entretanto, poucos são os registros oficiais. Um desses raros fatos remonta a 1591, quando o sanguinário Thomas Cavendish (de origem inglesa) esteve por aqui de passagem, após saquear a cidade de Santos. Outro episódio data da década de 1850, quando houve grande movimentação de navios piratas, corsários e negreiros na região.

Já os naufrágios não foram raros. Algumas embarcações de grande porte aqui sugmergiram, tais como o patacho português Flor do Porto (1885 – entre a Ilha do Arvoredo e a Ilha do Macuco), o vapor brasileiro Orion (1912 – Ilha do Macuco), o navio de passageiros O Rio (1926 – Ilha do Macuco) e o cargueiro Lili (1957 – Ilha das Galés). Este último, com importante acervo histórico, foi recuperado e exposto no Museu e Aquário Marinho do CEMAR em Bombinhas.

Todo esse passado motivou a população local a contar histórias e lendas sobre tesouros, como o caso do navio espanhol, que no início do século XIX realizou um desembarque e sepultamento na Praia do Cantinho, em Zimbros (Praia da Sepultura). Tempos depois teria retornado para buscar o caixão, que segundo contam, ao invés de conter um cadáver, estava repleto de moedas de ouro, prata e de pedras preciosas.

Retiro dos Padres
Na metade do século XIX um navio inglês ficou avariado no local. Muita gente foi lá para ver o navio e seus tripulantes, pois nunca tinham visto um inglês autêntico. Em 1967 a praia foi adquirida pela Igreja Católica, para ali ser construída uma casa de retiro; daí também o nome de Retiro dos Padres.

Praia de Quatro Ilhas
Conhecida entre os nativos também como Praia de Fora, devido a suas características, ou como Quatro Ilhas, por avistar-se da praia as quatro ilhas do litoral.

Ilha do Arvoredo
Devido à sua vegetação, espessa e alta. Em muitos trechos sua mata é composta por verdadeiras florestas seculares com madeiras de lei.

Sonho da Fortuna
Dona Alexandrina era uma velhinha que vestia-se com roupas surradas e caminhava sempre arcada, devido à idade avançada. Todos acreditavam que ela fosse uma mulher pobre, mas após o seu falecimento, começaram a ver uma luz estranha saindo de sua casa. Certo dia, um senhor chamado Benjamim Caetano, teve um sonho com Dona Alexandrina, quando ela lhe disse haver deixado na casa muito dinheiro, dentro de um pote, sob o assoalho. Todos ficaram surpresos ao tomarem conhecimento de que Benjamim havia deixado a cidade, levando todo aquele dinheiro.

Ilha da Galé
Nome originário da observação do contorno geral visto de uma certa parte do mar. O formato da ilha assemelha-se vagamente ao casco de uma dessas antigas embarcações.

Ilha do Macuco
Nome de origem indígena. É uma ave da família dos Tinamídeos, do porte de uma galinha grande.

Ilha Deserta
Leva este nome por apresentar uma superfície cinzenta, sem muita vegetação expressiva. É rochosa e desabitada.

Praia da Sepultura
Já se chamou praia da Baixada, por causa da sua característica local. Em 1840 o major José da Silva Mafra mandou erguer duas taipas para cercar uma criação de porcos, ocasião na qual houve um sério desentendimento entre dois escravos. Essa briga que resultou na morte de um deles, enterrado ali mesmo. Desde então passaram a chamá-la de Praia da Sepultura.

Praia de Zimbros
Nome dado pelos primeiros exploradores açorianos que encontraram aqui uma planta da família das Pináceas, um arbusto que apresenta frutos aromáticos e medicinais. Das bagas de zimbros é feita a bebida alcoólica conhecida por genebra.

A Bela Moça
Dona Erondina (popularmente chamada de Dona Aronda) conta que quando moça, ela e uma amiga de nome Brígida, foram buscar água na cachoeira, e ao chegarem, depararam-se com um “encante” (uma visão). A tal visão era uma linda moça que trazia em suas mãos uma flor de espantosa beleza. Dona Aronda, curiosa, ao tentar pegar a flor, foi repreendida por sua amiga que lembrou tratar-se de um encante, e que de acordo com os antigos, a bela moça tomaria o lugar de quem pegasse ou tocasse na flor. Assustadas, as duas deixaram o local (e o encante) para trás.

A Misteriosa Luz da Capela
Os antigos relatam que, ao terminarem as rezas das novenas na igrejinha do morro do cemitério, os fiéis desciam e ao retornarem o olhar, viam uma luz misteriosa na janelinha da capela. Jamais descobriu-se a origem daquela luz, porém muitos imaginavam tratar-se de um tesouro enterrado naquele local.

Bruxas
Muitas pessoas afirmam já tê-las visto, e que ao serem avistadas, transformavam-se em passarinhos, borboletas, etc. Antigamente, quando um recém-nascido começava a emagrecer e definhar até a morte, principalmente os que ainda não haviam sido batizados, acreditava-se em “doença da bruxa”. Os pais, ao colocarem o caixão da criança atravessado na porta da casa, a primeira mulher que aparecesse seria a bruxa, vindo mais uma vez buscar a vida de uma criança, para assim manter-se eternamente jovem. Em função da crendice era costume proteger as crianças dando-lhes remédios à base de alho e colocando tesouras abertas embaixo dos seus travesseiros.

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.