San Andrés em um roteiro de 5 dias gastando pouco

Praia Peatonal em San Andrés, na Colômbia





Muitos brasileiros sonham com as ilhas e praias da região do Caribe né? O que muitos não sabem é que é possível visitar uma dessas ilhas paradisíacas e pagar bem barato por essa viagem. Que ilha é essa? San Andrés, na Colômbia.

San Andrés é a maior ilha do arquipélago, que inclui também as ilhas de Providencia e Santa Catalina. A ilha de 26 km quadrados, tem +70 mil habitantes e apesar de estar localizada na América Central, mais próxima a Costa Rica e Panamá, pertence a Colômbia (700 km da Costa).

Como planejar a ida a San Andrés? Três companhias aéreas realizam os voos para a ilha: Avianca (com conexão em Bogotá), Copa (com conexão Cidade do Panamá) e a Lan. Como a Colômbia participa do acordo Mercosul (países membros ou associados), onde além do passaporte você pode usar também a carteira de identidade (com data de expedição máxima de 10 anos). Se você não tiver passaporte, pode viajar com sua identidade válida apenas se a conexão for na capital Bogotá. Se for na Cidade do Panamá, somente com passaporte. Fique atento!

Cada vez mais encontramos passagens baratas a San Andrés. Quando fui saiu por volta de 1.200 reais ida e volta com taxas. Mas uma dica que dou é aproveitar e esticar a conexão por pelo menos um dia, então na hora de comprar, compre trechos, como eu fiz.

Exemplo: Rio x Bogotá, Bogotá x San Andrés, San Andrés x Rio. Quando pesquisei a diferença de Bogotá e Cidade do Panamá eram apenas 20 reais as passagens, pesei por Bogotá, pois achei mais interessante.

Meu roteiro de 5 dias por Bogotá e San Andrés

1º dia Voo São Paulo x Bogotá

Desembarcamos as 5:00 da manhã em Bogotá, peguei uma linha da transmilenio, são ônibus ao estilo BRT do RJ e fui até o bairro La Candelaria, bairro histórico onde ficam a maioria dos Hostels em Bogotá, ficamos no Hostel Summer C, deixamos as malas, e fomos bater perna pela cidade.

Como só tinha um dia, escolhemos um ponto mais interessante, eleita como a maravilha da Colômbia, fomos a Catedral de Sal de Zipaquira, que é ao lado de Bogotá, os ônibus a Zipaquira saem do terminal norte, o transmilenio te leva até lá. Pagamos cerca de 45 reais no ingresso para o tour, super indico, é massa demais!

Voltamos ao hostel e decidimos uma balada a ir, como conheci um rapaz colombiano pelo Instagram e mantive contato, marquei de encontrá-lo na porta da boate com meu amigo e os amigos dele. A boate se chama Theatron, custa cerca de 35 reais, a casa de show é alternativa (GLS), possui 3 andares, e tem mais de 10 ambientes, cada um com um tipo de música, desde eletrônica, pop, até Reggaeton e La Rumba, dois ritmos locais. Super indico pela qualidade e pelo preço de banana. Voltamos ao hostel pós balada e tiramos um cochilo.

2º dia – Voo Bogotá x San Andrés

Já no aeroporto de Bogotá, dirija-se até a Avianca e compre sua “tarjeta de turismo”, a ilha cobra cerca de 90 reais em uma taxa de turismo, como acontece em Noronha para a preservação da ilha, porém essa taxa é única e deve ser apresentada na chegada a ilha, para você poder entrar (guarde o ticket para apresentar na saída caso seja solicitado).

Ao desembarcar, você vê de longe o mar e um azul turquesa, já diferente de tudo que viu. Fui a pé até o hostel, pois era 15 minutos caminhando, no máximo. Ficamos no El Viajero Hostel, um hostel de 5 andares, onde no último você toma um bom café da manhã com vista pro mar e a noite tem um barzinho.

O Hostel estava lotado de brasileiros, como na ilha, você acha que o destino está começando a se popularizar entre nós, mas chegando lá vi que já está bem popularizado, só vi tanto brasileiro fora assim em Buenos Aires. Chegamos, deixamos as coisas e fomos comer e andar nas praias mais próximas.

A ilha é dividida em Norte e Sul. No Norte você encontra os hotéis, pousadas e hostel, bares, restaurantes, e ao Sul você encontra casas e os moradores da ilha. A comida em San Andrés é bem barata para uma ilha afastada do continente. Custa por volta de 20 reais um prato feito bem gostoso.

Fomos sem seguida conhecer a Praia Peatonal, que fica no centro, com boa estrutura e perto do hostel.

3º dia – Playa San Luis e Hoyo Soplador

Em San Andrés, temos vários tipos de locomoção, desde as típicas jardineiras, carrinhos de golfe e até micro-ônibus. O carrinho custa por volta de 150 reais. Nós optamos por ir de ônibus mesmo, tipo 3 reais, e economizamos para os passeios, mas infelizmente eles não são tão frequentes.

Passamos a manhã na praia de San Luis e após fomos para o Hoyo Soplador, ainda mais ao sul da ilha. O Hoyo é um buraco natural, em meio as pedras que sopra um vento devida a força das ondas do mar que quebram logo abaixo do buraco. Só esperar por uma forte onda próxima ao buraco, para seus cabelos serem jogados pro alto e tomar um banhozinho.

4º dia – Acuario e West View

Já pela manhã pegamos um barco e fomos até a Ilha de Acuario, uma pequena ilha onde vemos mais de perto aquele azul maravilhoso que sempre sonhamos. Lá é possível também (pagando +- 10 reais) tirar foto com as raias, um treinador os ajudam e as tiram para ti. O passeio até a ilha custa por volta de 20/25 reais.

A tarde fomos a West View, para entrar lá você paga 5 reais. Lá você pode fazer snorkel, tem tobogã, trampolim, entre outros. Lá também você pode fazer o Aquanautas (90 reais), onde você caminha a 6 metros de profundidade e com um capacete enorme ao estilo astronauta, é uma experiência incrível. É bom você ir acompanhado, pois as fotos saem quase pelo mesmo valor do passeio, se estiver em grupo, compensa, senão não rola pagar tão caro pelas fotos. Eles te dão ração pra você dar aos peixes lá embaixo próximo a uma estátua de Poseidon.

O trampolim e o tobogã são bem gostosos também, e dar um bom frio na barriga cair direto no mar. Aos que não sabem nadar tem coletes para aluguel.

A noite fomos a discoteca Coco Loco, custa 25 reais a entrada, a beira do mar. Um ambiente gostoso, com músicas caribenhas e salsa. Mas não é balada, é uma discoteca onde casais em grande maioria vão para dançar músicas latinas.

5º dia – Volta San Andrés x São Paulo

A ilha tem vários outros passeios, como mergulho, a ilha de Jhonny Cay, que não estavam fazendo passeios por causa da maré, e muito mais. Tem também o Cayo Bolivar, que exige um dia todo livre. Amigos que foram super recomendaram o passeio. E pra quem dispor de mais grana e tempo vale a pena fazer o voo de 30 min a Providencia, outra ilha do arquipélago, e a Santa Catalina, bem ao lado.

San Andrés é livre de impostos, sendo assim você encontra bons produtos lá com bons preços. Além do espanhol, ainda falam criollo, essa verá mais ao sul, usada pelos nativos. A cultura do reggae é bem forte na ilha também, tinham horas que me senti na Jamaica.

A ilha de San Andrés é conhecida como MAR DE SETE CORES, isso mesmo, sete tons de verde e azul, e não é mentira não!

Não vá a ilha esperando encontrar o luxo e badalação de outros destinos como Cancún, Aruba e Punta Cana. San Andrés é um destino simples em estrutura, uma ilha calma, para relaxar e curtir a natureza, que dá um banho em muitos destinos caribenhos.

Gastamos cerca de 2.500 nas passagens, hostel, comida e passeios dos 5 dias de roteiro em San Andrés e ainda sobrou uns trocados. Viajei em Maio/15 e na época 1 Real equivalia a 850 pesos colombianos.

Texto e fotos por Eric Sant’Anna

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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