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Guaraqueçaba – Um pedacinho do paraíso

Neste relato vocês irão conhecer um pouco mais do nosso Paraná, mais precisamente a “ponta” do litoral Paranaense. Desta vez a Lisiane e eu escolhemos Guaraqueçaba como destino. Um lugar escondido em meio à mata atlântica onde, se você é daquelas pessoas que adoram agito e pessoas mal humoradas, ou acordar com buzinas de carros, é melhor não ir para Guaraqueçaba,… Ali o máximo que vai encontrar são pássaros cantando ao amanhecer e pessoas agradáveis para conversar, além de lindas paisagens.

O passeio começou bem cedo, às 5h30 da manhã quando sai em direção a rodoviária de Curitiba para encontrar minha pequena. O ônibus saiu as 6h30 com destino a Paranaguá, onde às 8h da manhã já estávamos no trapiche aguardando a saída do barco para Guaraqueçaba, que sai às 9h. A viagem de barco levou em torno de 2h40, mas vale a pena. A vista quando o barco se distancia de Paranaguá é maravilhosa. Conseguimos avistar o porto, os navios enormes a espera para atracar,… sem contar a paisagem pelo caminho, como ilhas e pássaros brincando ao redor do barco e se reunindo sobre a água na busca por alimento.

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Quando menos esperávamos estávamos chegando ao nosso destino. A chegada já encanta, tendo a nossa frente uma pequena cidade, com construções simples e uma pracinha convidativa ao descanso. Realmente era o lugar ideal para o fim de semana que buscávamos. Ao desembarcar encontramos com Odyr e Jaime que nos esperavam para conduzir-nos até a pousada que tínhamos reserva. Como estamos habituados a viajar de mochila e barraca, optamos em ficar no camping da pousada. No caminho para a pousada, um lugar belíssimo e tranqüilo, fomos surpreendidos por um comentário do Odyr, falando em tom sério, que tinha uma fita gravada, com o som da Visconde Guarapuava (uma movimentada avenida de Curitiba). Tinha buzina a vontade para não estranharmos muito o sossego de Guaraqueçaba e nos sentirmos em casa, ou para o caso de não conseguirmos dormir no silêncio (rsrs). Ao chegar à pousada fomos recebidos pela Carmem, esposa do Odyr, ambos os donos da pousada. Pessoas de uma simpatia ímpar e que sabem fazer da simplicidade o seu maior encanto. Neste momento a Lisiane teve a certeza de que havia escolhido certo, pois foi ela quem ligou e me disse: Vamos ficar nesta pousada, pois senti algo muito bom ao falar com a Carmen, ela foi muito atenciosa.

Depois da casa de campo montada (barraca), era hora de decidirmos o que fazer. Como já era próximo de 13h o assunto girava entre dormirmos um pouco para descansar ou sairmos para almoçar. Depois de enrolarmos bastante, a fome nos venceu e saímos em busca de comida e como somos muito preguiçosos, já pensávamos na volta e no sono gostoso da tarde. Voltamos do almoço nos programando para assistir o pôr do sol na baia de Guaraqueçaba, pois dizem que é algo maravilhoso. Programamos nosso chimarrão, deixamos tudo já pensado para o final da tarde, mas… Quem disse que acordamos?? Quando levantamos o sol já estava quase escondido e só nos restou a tranquilidade da pracinha no centro da cidade, tomando o chimarrão e observando os golfinhos brincarem a nossa frente. Perdemos nosso pôr do sol, mas vocês podem ter a certeza que vale a pena acompanhar o anoitecer na baia, na companhia dos golfinhos. É uma paz que contagia e ali ficamos por mais algum tempo.

Como era sexta-feira Santa, antes de retornarmos para a pousada ou jantarmos, assistimos a missa em uma igreja simples, mas muito bonita que a cidade possui. A noite estava convidativa, gostosa e resolvemos comer algo em frente a pracinha antes de voltarmos para a pousada, para uma noite onde não tem como ficar estressado e acordar mal.

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Nos programamos para acordar tarde e aproveitar um pouco da manhã na piscina, mas as 9h da manhã o Jaime já nos chamava para irmos ao Salto Morato. Não pensamos duas vezes e logo estávamos tomando nosso café da manhã e nos preparando para o passeio. O Salto Morato é uma cachoeira que fica dentro de uma reserva mantida pela Fundação O Boticário. Antes a região era degradada e ali existia uma fazenda. Em 1994 foi adquirida pela fundação e passou a ser uma área de preservação ambiental. A cachoeira impressiona por sua altura, são aproximadamente 100m de queda. Para se alcançar esta cachoeira, são 1500m de trilha, em uma caminhada muito tranqüila e bonita. Um lugar que vale a pena conhecer. Entre a entrada do parque e a cachoeira, passamos por um “aquário natural”, onde é impossível não entrar um pouco e aproveitar a água cristalina, onde os peixes vem brincar a nosso redor.

O Interessante destes lugares são também as pessoas que encontramos. Conosco estavam mais 5 pessoas, que logo viraram “nossa” turma. Um grupo bem bacana que entre conversas e risadas, fizeram de nosso passeio um momento ainda mais especial. Sem contar o Jaime, que nos distraia o caminho todo com as histórias da região e sobre assuntos sempre muito inteligentes e interessantes.

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Ao retornar do passeio era hora de almoçar e claro,… dormir um pouco pois ninguém é de ferro (rsrs…). Antes uma foto do sol refletindo sobre a água, uma vista muito bonita. Novamente programamos tudo para o pôr do sol na beira mar e outra vez terminamos tomando chimarrão com os golfinhos (rsrs). Mas não pensem que somos preguiçosos, mas esse lugar nos deixou tão distantes da correria que estamos acostumados na cidade, que nossos corpos tendiam a ficar no sossego.

Nossa noite terminou mais uma vez com um pouco de oração, acompanhando a missa e posteriormente uma conversa agradabilíssima na companhia de Odyr e Carmen, na área da pousada, onde perdemos a total noção da hora.

O domingo começou mais uma vez preguiçoso para nós. Acho que é a água daquele lugar, só pode (rsrs). A vontade que dá nesse lugar é de ficar quieto, sem fazer nada. É maravilhoso também estar aberto a isso. O dia foi passando, andamos um pouco até uma área próxima a Casa de Artesanato de Guaraqueçaba, que é muito bonita e vale a pena conhecer e ficamos um pouco no trapiche que ali existe. Uma outra ponta de Guaraqueçaba que parece ser ainda mais tranqüila. Não ficamos muito, pois ali sim daria mais sono e precisávamos arrumar nossas coisas para a volta.

O retorno para Curitiba foi muito tranqüilo. Conhecemos a estrada que liga Guaraqueçaba a Antonina, outra região histórica do Paraná. Passamos pelo mirante, onde tivemos uma linda vista de toda a mata atlântica que cerca Guaraqueçaba e um pouco a frente tivemos o prazer de encontrar uma linda Cobra Caninana na estrada, onde paramos para fotografá-la e tirá-la da estrada para que não fosse atropelada.

Um pouco mais de chão, passando pela estrada da Graciosa e logo estávamos novamente em Curitiba e em nossa memória, momentos maravilhosos em meio a muita paz, simplicidade e uma realidade que queremos sim compartilhar com todos vocês que nos acompanham nesta coluna. Guaraqueçaba é um lugar mágico para aquele que tem em seu coração, a humildade de reconhecer que o pouco que ali é oferecido, na verdade é muito mais do que precisamos para vivermos momentos muito felizes. E quando nos disserem que lá é o fim do mundo, vamos responder repetindo o que nos foi dito,… “Ali não é o fim do mundo, é o início do paraíso”.

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Gostaríamos de deixar aqui nosso agradecimento à atenção dos amigos que fizemos neste lugar fantástico – Odyr, Carmen e Jaime (amigos da pousada). Espero que muitos leitores do T&A possam ter o prazer de conhecê-los em nosso relato ou pessoalmente em visita a Guaraqueçaba.

É muito importante que vocês saibam que Guaraqueçaba tem ótimos restaurantes para receber muito bem o visitante e não tem apenas a opção de uma boa tarde ou noite de sono (rsrs). Existem outros passeios para serem feitos. O visitante pode alugar um barco chamado de voadeira, por exemplo, e seguir para a ilha de Superagui. Ali encontrará muitos km de praias lindas e desertas. Um lugar maravilhoso para passar o dia. Ou conversar com um barqueiro nativo e seguir ao redor de Guaraqueçaba, por lugares que são pouco visitados.

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Bom passeio a todos e se precisarem de qualquer ajuda com informações sobre local ou como chegar, é só me enviar um e-mail.

Autor: Márcio Trindade
E-mail: [email protected]

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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