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Trilha ao Pico do Cocanha, na Floresta da Tijuca – RJ

Quando o Luizão e eu estávamos voltando da Festa do Peão em Papucaia, por volta das 7:30 da manhã, combinamos de subir o Pico da Tijuca, pensávamos em acordar ao meio-dia , até acordei, mas o Luizão só acordou às 14:00, o Rafael decidiu ir junto e deu a idéia de irmos para o Cocanha, já que ainda não havíamos ido lá, concordamos com a sua idéia e fomos comprar o filme para máquina e um pequeno lanche para comermos lá em cima.

Chegando na praça do Bom Retiro fomos avisados que não poderíamos subir se não assinássemos um termo de responsabilidade, após assinarmos, começamos à subir, e fizemos o trajeto completo em 30 minutos. Encontramos três pessoas no cume do Cocanha, e como havíamos visto no mapa que havia um lugar chamado Platô do Céu, resolvemos conferir. Nem subimos o cume do Cocanha e continuamos andando até uma trilha que descia vertiginosamente, sempre com vista para a Pedra da Gávea. Como já eram 17:10, e queríamos ver o pôr do sol, resolvemos deixar para o dia seguinte a ida ao Platô do Céu.

Quando voltávamos para o Cocanha, achamos um mirante, de onde se tinha uma vista muito bonita de Jacarepaguá, e o sol já estava se pondo atrás de um morro, paramos e tiramos uma foto, que ficou muito boa. Chegando ao Cocanha novamente, subimos a pedra e ficamos no cume, fizemos um lanche, apreciamos a paisagem, e como já estava escurecendo e o vento começava a bater mais forte, decidimos que estava na hora de descer.

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Pegamos nossas lanternas e começamos a descer num ritmo de corrida, naquele ritmo, chegaríamos logo na praça do Bom Retiro, que é onde se inicia a trilha, entretanto, ouvimos pessoas gritando, como se estivessem chamando alguém que estivesse perdido, paramos para identificar de onde vinham os gritos, percebemos que tínhamos de continuar descendo para encontrá-los, retomamos a nossa corrida e encontramos um grupo na bifurcação que vinha do Pico da Tijuca, paramos e perguntamos se queriam ajuda, e eles nos disseram que havia um grupo que tinha uma criança e mais algumas pessoas descendo sem lanterna, informamos o caminho que eles deveriam seguir para chegar ao fim da trilha e fomos atrás dos outros. Corremos por volta de 5 à 10 minutos até encontrar o outro grupo. Eles nos perguntaram se éramos bombeiros e neste momento poderíamos até dizer que éramos, mas dissemos sermos apenas um grupo de intrometidos e que estávamos ali para ajudá-los. Descemos com este grupo até o fim da trilha, onde reencontraram seus amigos.

No dia seguinte voltamos ao Cocanha para descobrir o que era o Platô do Céu, mas dessa vez fomos eu, Luizão, Xanda e Junior. Saímos muito tarde e só chegamos no Bom Retiro às 17:15, a trilha já estava fechada e novamente tivemos que assinar o termo de responsabilidade, mas dessa vez pretendíamos acampar e o carro teria que passar a noite no estacionamento do Bom Retiro, o guarda tentou nos intimidar mandando agente voltar antes das 18:00, se não o IBAMA chamaria a CET-RIO para rebocar o carro e multar. Mesmo que não fossemos acampar, que era o que o guarda pensava, não daria tempo de subir a trilha e voltar, então Junior foi esconder o carro em algum lugar do parque e voltou falando que ninguém acharia o lugar onde ele estacionara. Como o Luizão estava com muita água na mochila, decidimos deixar a garrafa térmica com 5 litros de água escondida no Bom Retiro e depois de tudo pronto começamos a subir.

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Já eram 18:00 quando começamos a subir, como todos estavam com lanternas, não haveria problema com a escuridão, fomos um pouco mais devagar que no dia anterior, pois dessa vez estávamos com o peso das mochilas. Após andar um pouco o Luizão se deparou com uma pequena cobra, que assustada, cruzou a trilha na sua frente, servindo apenas, para dar um pequeno susto. Retomamos a trilha sem nos preocuparmos e chegamos até a bifurcação do Cocanha com o Pico do Papagaio às 18:45.

Começamos a subir o trecho mais complicado e cansativo que terminaria no Cocanha e logo que chegamos, largamos as mochilas e subimos as pedras do Cocanha. Ficamos ali por pouco tempo e fomos levantar acampamento num local mais adiante. O Luizão montou a barraca para ele e Xanda dormirem, enquanto o Junior e eu, preferimos dormir apenas no saco de dormir. Quando fomos fazer a comida é que percebemos que ninguém havia trazido nem fósforo, nem fogareiro e nem panela. O Luizão e a Xanda preferiram comer um miojo cru, porém o Junior e eu decidimos botar o miojo e o macarrão para amolecer na água dentro de um saco plástico, jogamos o tempero do miojo e cortamos metade de um tablete de caldo de galinha para cada um passar no seu macarrão, o incrível é que ficou gostoso. Neste tempo, o Luizão e a Xanda já tinham pegado no sono, deviam ser 20:30, enquanto o Junior e eu só fomos dormir às 23:00.

Fui o primeiro a acordar no dia seguinte, por volta das 6:10, depois acordaram o Luizão e o Junior, comemos granola e fomos ao Cocanha tirar algumas fotos da paisagem, aproveitando que o céu estava limpo, quando voltamos a Xanda estava acordando, nos arrumamos bem devagar e só saímos em direção ao Platô do Céu às 9:00, descemos a trilha que era praticamente vertical, muito escorregadia, e quando chegamos ao Platô do Céu ficamos decepcionados, pois não dava pra se ver nada dali, vimos uma placa informando o caminho para a Cova da Onça, fomos verificar, e descemos durante muito tempo por uma trilha fácil, até chegarmos a uma ponte de madeira, cruzamos a ponte e depois de mais um tempo chegamos a Cova da Onça, que foi outra decepção, pois não tinha nada, seguimos até o final da trilha que acabava na estrada da Floresta da Tijuca e estava muito longe do carro, então o Junior e eu fomos buscar o carro, enquanto a Xanda e o Luizão nos esperavam.

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Chegamos até o carro, que estava escondido perto do restaurante A Floresta, depois de andar durante meia hora, pegamos o carro e fomos buscar os nossos companheiros de trilha.. Quando passamos por uma ponte, logo após a Gruta Paulo e Virgínia, vimos pessoas fazendo rapel onde já imaginávamos fazer também e fomos buscar Luizão e Xanda. Voltamos para a ponte e chegando lá o Junior percebeu que um dos caras que estava fazendo rapel era um conhecido dele, aproveitamos da situação e pedimos para usar a corda deles. Descermos apenas uma vez cada um, depois de realizarmos a nossa vontade, agradecemos a ajuda deles e fomos para a casa do Luizão, onde uma feijoada nos aguardava.

Autor: Paulo Júnior
E-mail: [email protected]
Site: http://www.trilhaecia.com.br

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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