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Um dia (nada comum) na Pedra do Baú

Sábado, Pedra do Baú – São Bento do Sapucai – Dia 11 de maio de 2002.

Treino escalada indoor desde fevereiro deste ano, mas já tinha ido algumas vezes escalar na rocha, e me apaixonei tanto que decidi fazer um curso. Pois bem, fiz o curso no final de semana anterior, e meus amigos decidiram me levar para escalar na rocha nesse fim de semana. Decidimos que iríamos escalar a via “Normal do Baú” na Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí.

Fomos eu, o Robson, o Marcelo e o Manu. Saímos de SJCampos às 7:20 da manha. O carro do Manu estava no conserto, então pedi o carro do meu pai emprestado. Detalhe, o carro é cheio de truques e macetes… hehehe.

Chegando no local, os meninos decidiram pegar a trilha do restaurante que passa por dentro do bananal, pois acharam que ia dar direto na via para escalar. Ledo engano, e engano brabo. No fim das contas fomos parar no mesmo lugar se tivéssemos ido pela outra trilha, com um detalhe, teríamos andado muuuiiitttoo menos. Bom, já que a trilha foi errada e subimos tudo, tivemos que descer um pedação do caminho, até onde ficava a área para acampar, onde tem a divisão de trilha “Bauzinho/Bau/Ana Chata”. Ai então começa a parte punk (foi o q pensei). Sobe, sobe, sobe…aiai… sobe muito até que a trilha se estreita e vira caminho de pedra, isso depois de ter me agarrado em muita raiz de arvore (a trilha é super úmida).

Já na parte da Pedra foi assustador, sem proteção nenhuma, andar na crista da montanha, para quem ta acostumado é um prato cheio, mas fazia tempo que eu não andava em lugares assim. Eu tava com tanto medo que fiz os meninos atravessarem primeiro e amarrarem a corda na arvore para eu me clipar e passar para poder chegar na entrada da via.

Quando vi a via… não sabia que eu teria que fazer uma chaminé. Pensei comigo “Fu…..” nunca fiz isso na minha vida, até então só tinha feito escalada light, mas blz, já estávamos lá mesmo.

O Robson e o Manu subiram primeiro, aí o Marcelo subiu guiando, e depois seria a minha vez. Bom, primeiro tentei escalando, mas não deu muito certo. Ai apareceu um cara que era guia turístico e escalador e resolveu me dar uma forca explicando como eu deveria fazer para passar pela chaminé. Blz, entendi tudo: fazer pressão na pedra com o corpo, me apoiar com o pé na arvore que tem lá, transferir o peso para a pedra… o problema foi fazer isso. Pra ajudar eu tava sem sapatilha de escalada, tava usando kichute, e o bendito resolveu escorregar. Foi aí que me desesperei, pois vi que ia cair, e fazer um baita pendulo. Ia ser minha primeira “queda”. Aí foi… VUPT!!!! Até agora não sei definir a sensação q eu tive, foi tão rápido…. apavorei. Comecei a chorar que nem louca, mas ainda tentei mais 3 vezes, mas não rolou mesmo. Fiquei super decepcionada, mas fazer o quê. Outro dia eu tentava de novo.

Quando os meninos desceram, já tava meio tarde, ou melhor, bem tarde, o sol já estava se pondo, e estávamos lá em cima da rocha ainda. Começou a escurecer, noite sem lua para ajudar, um breu só onde não enxergávamos um palmo na frente do nariz, e para ajudar, descobrimos que ninguém tinha levado lanterna. Porque todo mundo faz isso??? >: (

O Marcelo era o único que tinha uma head-lamp, mas não estava muito cristã. A pilha tava acabando, e tivemos que andar de trenzinho, um segurando no outro a passos de tartaruga para voltar naquela trilha. Quando acabou a pilha, ai q foi punk mesmo, parecia até “A Bruxa de Blair”, hehehe. Nem sei dizer quantas vezes escorregamos e caímos.

Depois de nos perdermos na trilha (óbvio) chegamos no carro as 11:00 da noite. Eu nem acreditava. Estava inteirinha e no carro… aiaiai. Quando cheguei na minha casa nem acreditava por tudo que tinha passado.

Mas apesar dos pesares, foi engraçado. Esse dia vai ficar marcado… : )

AH… disse para mim mesma que não voltava mais lá… hehehe… mas não resisti e na outra semana mesmo eu voltei, e consegui fazer a chaminé e a via… : )))) … e uma coisa eu aprendi, nunca faça nada do tipo sem se organizar.

OBS: Desde então, sempre carrego uma lanterna na bolsa.

Autor: Sabrina Moura Eras.
E-mail: [email protected]
Cidade/UF: Pedra do Baú – SP

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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