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Frio, trilhas, conforto e natureza: 5 roteiros incríveis!

A intenção aqui é sugerir alguns roteiros de inverno, apesar de “INVERNO” ser só o nome da estação. Se você está procurando um lugar pra curtir um friozinho com direito a lareira e fondue, é melhor procurar algum lugar que tenha ar-condicionado, ligá-lo no máximo e só então fazer a festa. Se depender do planeta, como já alertou a meteorologia, o inverno vai ser mais quente do que se previa.

De qualquer forma, seguem abaixo sugestões de locais para você conhecer… São lugares incríveis, que podem agradar a todos os gostos, com opções variadas de divertimento. É só arrumar a mochila e colocar o pé na estrada. Duvido que você volte frustrado ou frustrada.

Ah! Só um adendo: você não vai encontrar aqui aquelas dicas românticas ou formais, típicas de um guia turístico. São informações de quem tem relativo conhecimento dos lugares, com a certeza de que acasos felizes podem suplantar as dicas desse livrinho de bolso bom pra caramba que você guarda ao lado do computador.

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PETRÓPOLIS (RJ)
Ponto forte: Turismo cultural e natural

Foi lá, na única cidade imperial de toda a América do Sul, que nosso imperador Dom Pedro II construiu seu palácio de verão. Adivinha por quê?! Claro que o cara se encantou com a natureza e o clima da serra, e deu seu nome à cidade – Cidade de Pedro.

O lugar chama atenção pela cultura européia trazida pelos colonizadores, que está presente na arquitetura e na gastronomia. Destaques disso são o Museu Imperial, a Catedral, o Palácio de Cristal, a Casa de Santos Dumont e o Hotel Quitandinha. Cada um desses locais tem suas curiosidades e particularidades. Na casa de Dumont, você é obrigado a começar a subir a escada com o pé direito – não é superstição (não sua)… os degraus foram dispostos assim e não tem como ser diferente (a não ser que você resolva fazer graça e subir cruzando as pernas. Lembre-se de dizer que isso não foi uma sugestão do T&A!! hehehe). A Catedral dispensa comentários… E o Museu Imperial tem desde os talheres até as roupas e coroas que eram usados pela família imperial. No entanto, não pense que você encontrará príncipes e princesas andando por lá. A família ainda mora na cidade, por sinal no Centro, mas ninguém fica fazendo firula na porta de casa não, viu!

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Brincadeiras a parte, Petrópolis é conhecida por ser muito forte no comércio de roupas. Se você quiser paz pra sua vida, evite ir lá próximo a datas comemorativas como Natal e “Dia de” alguma coisa.

Depois de conhecer tudo, você vai precisar recarregar as energias, certo? E nisso a cidade se garante. Sente em um restaurante, escolha um bom vinho e um bom aperitivo porque em Petrópolis a noite é uma criança e oferece a você uma infinidade de programas imperdíveis.

Se você não dispensa o contato com a natureza, procure saber sobre o Parque Cremerie, a Pedra do Açu, a Montanha Meu Castelinho, a Pedra do Cone, o Pico do Alcobaça, o Pico Seio de Vênus e, claro, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

VISCONDE DE MAUÁ (RJ)
Ponto forte: turismo natural e gastronomia

Mauá, como é chamado pelos íntimos, vira o roteiro queridinho de muita gente que visita a localidade. O que chama tanto a atenção? O clima ameno (lá é difícil fazer calorão mesmo com o bicho-papão do aquecimento global), o ar puro e a exuberância da natureza que não se intimida e se mostra em suas mais belas formas. Visconde de Mauá fica incrustada no meio de uma topografia que conquista os adeptos da vida ao ar livre. Aquelas pessoas que não dispensam uma boa caminhada, ou aquela cavalgada que te permite ir a lugares não acessíveis a todo mundo. Isso sem falar da magia que envolve a cidade. Os esotéricos estão sempre passeando por lá…

Se você espera nights e balada, “meia volta, volver!”. Lá não tem nada disso. Tem, sim, bons restaurantes, ótimas hospedagens, e o povo também costuma ser bem solícito. A estrada pra chegar até lá é um pouco castigada. De vez em quando o poder público resolve olhar para a princesinha da região, mas é só muito de vez em quando mesmo. Então, vá com cuidado, bem devagarzinho e não estranhe se você for cortado por um ônibus no meio da subida (se as empresas têm dinheiro pra gastar, bom pra elas, não é? Guarde o seu pra curtir Mauá e não a oficina mecânica).

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Para os radicais, que não querem saber de marasmo, também há um espaço cativo. Lá são permitidas a prática de rappel, mountain bike, motocross, rafting e canoagem. Tudo, claro, com a devida autorização de quem manda no assunto por lá, mas não é nada muito burocrático.

Falar de lugares pra conhecer é chover no molhado. O site já dá o caminho das pedras, o das cachoeiras e o das matas – com o perdão do trocadilho. O grande lance é você não ter medo de se embrenhar no mato a procura de novos locais. Viu uma trilhazinha e ficou curioso? Entra!! Medo de cobra? Esquece… passa muita gente por lá… elas não vão esperar logo a sua vez! A localidade reserva muitas surpresas agradáveis aos curiosos mais ousados. Acredite.

Não deixe de conhecer as localidades de Maringá e Maromba, que serão citadas ali embaixo.

PENEDO (ITATIAIA – RJ)
Ponto forte: Gastronomia. Gastronomia.
Hmmm… e gastronomia! Ah! Artesanato também!

Junte pelo menos 10 casais amigos seus e fale a palavra “Penedo” perto deles. Quase certeza que alguém vai abrir a boca pra falar que conhece, já passou por lá ou já ouviu falar. Falo de casais porque Penedo É romântico, fofo, quase cor-de-rosa. Não tem jeito.

Ta carente? Corra a barrinha de rolagem pra cima, pra baixo, caça outro lugar, mas não apareça lá, senão você vai entrar em depressão. Se você já tem sua tampa da panela, ta esperando o quê?! Penedo é “o cara”.

Booking.com

Já foi o tempo que o lugar transpirava tranqüilidade, paz de espírito e aquele ar “zen”. Não que hoje seja um inferno, mas é que Penedo é o point da night da região. Sabe como é… os melhores bares, os melhores restaurantes, os melhores eventos, as melhores lojas. Todo mundo corre pra lá. Você também vai correr pra lá quando terminar de ler isso aqui… (assim espero).

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Penedo foi colonizado pelos finlandeses. Lá muita coisa lembra a Finlândia. Inclusive a Eila… uma remanescente dos caras, que faz umas tapeçarias incríveis! Conheça, mesmo que não tenha dinheiro pra comprar.

Você acredita em Papai Noel? Não? Então passe a acreditar… ele tem uma casa em Penedo. Um shopping, chamado Casa do Papai Noel, é referência local, até mesmo para os próprios habitantes. Muitas lojinhas, muitos artesanatos, um espetinho de morango que toma um banho de chocolate inacreditável, pratos típicos, licores feitos por lá mesmo. Inclusive nessa lojinha de licor os donos deixam você provar quantos quiser. Sabe aqueles copinhos de pinga pequenos, tão tradicionais? Então… os tais copinhos dão um clima a mais à provinha que pode te deixar meio torto (mas cá entre nós.. vale a pena!).

Quer restaurante japonês? Lá tem. Massa? Também! Peixe? Comida Alemã? Sorvetes diferentões, como de pétalas de rosas? Picanha na brasa? Barzinho da moda? Podrão?! Tem tudo, amigo… em Penedo você está muito bem servido e não passa fome.

Só falei de comida, mas Penedo também tem uma natureza exuberante. Tem menos cachoeiras e menos points “naturebas” que Mauá, por exemplo, mas dá uma andadinha… conheça, nem que seja no lombo de um cavalo. Depois não esqueça de deixar seu comentário aqui.

MARINGÁ E MAROMBA (RJ)
Ponto forte: só vendo pra entender.

Passa Resende, passa Penedo, Serrinha, Capelinha, Mauá (é.. Mauá também). Depois de um posto de gasolina (sim, no meio do mato), alguns vendedores de mel, pousadas, hotéis, muitos pinheiros e muitas placas, eis que alguns telhados surgem. Debaixo dos telhados, casas, restaurantes, pousadas e lojas. Yeah, baby! Bem vindo a Maringá! Mas muito bem vindo (ou bem vinda) MESMO, porque o lugar é show! Se você tem grana, ótimo. Se não tem, ótimo também. Lá é canto pra todos os públicos, bolsos e gostos. Ah, detalhe. Tem Maringá de Minas e Maringá do Rio. Qual a diferença? A do Rio é mais legal…! hehehe. Brincadeirinha… só é mais movimentada, mas a mineirinha também merece ser conhecida. É só atravessar uma ponte. É um rio que separa Rio de Janeiro de Minas Gerais. Santa Serra da Mantiqueira!

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Muito restaurante bom, muito lugar legal pra dormir e o melhor: o pessoal. Povo muito solícito, muito tranqüilo. É um lugar que (felizmente) não está estragado pelo turismo.

Passando Maringá, chega-se em Maromba. Uma outra vilazinha que atende outro tipo de público. O pessoal mais “paz e amor”, que curte reggae e agito, se concentra lá, na praça, em frente à igreja. Quem quer dormir, fica em Maringá. Quem não quer, sobe pra Maromba. Apenas 5 quilômetros as separam. Em noites de Lua Cheia (ou até mesmo sem ela), é delicioso andar pela estradinha, com aquele ar fresco da noite ou da madrugada ou do amanhecer – dependendo da disposição do aventureiro. Por lá não faltam opções de agito.

Em Maringá, nos dias mais frios, é delicioso tomar uma sopa no meio da noite, ou um café com leite ‘pelando’ logo de manhã cedinho. Além disso, a dica de se embrenhar em trilhas que despertam sua curiosidade continuam valendo. Dificilmente você vai se perder naquele lugar, então não precisa ter medo.

Se gosta de gastar, pode encher a carteira pois lá tem muita opção de compra, principalmente de camisetas e artesanatos personalizados.

Ah é.. quase me foge… não esqueça de provar a famosa truta. É um peixe, que vive em águas frias, em cuja criação a região é pioneira. Tem um restaurante lá, que dá cor a uma truta (não posso falar o nome) e também tem um pesque e pague que ó.. garantido! Muito bom.

SANTA RITA DE JACUTINGA (MG)
Ponto forte: Turismo rural e natureza

A cidade é um refúgio. Não, ow… não refúgio de carrapatos, bois e vacas. Pode tratar de deixar os preconceitos de lado. Pode ser um refúgio pra você, sabia?! Éééé… duvida?! Leia.

Pense num município mineiro (broa de milho, café quentinho, aquele sotaquezinho arrastado, uma paz danada), com apenas 5 mil habitantes, repleto de paisagens e belezas naturais. Rááá! Viu como você parou de pensar nos carrapatos?

“Santa Rita” é assim. São mais de 70 cachoeiras, mata preservada, fazendas históricas do ciclo do café. Sim… tem uma fazenda lá, chamada Santa Clara, que é da época dos escravos, com muita coisa preservada… senzala, quilombo, moinho e ‘otras cositas mas’ que, com o auxílio dos guias da fazenda, que é aberta à visitação, concorrem para uma deliciosa visita ao passado. Na prisão, há até hoje os instrumentos usados para torturar os escravos, os troncos, as marcas de unhas na parede que testemunham o sofrimento deles. Há inclusive quem diga que consegue sentir a energia dos escravos que viviam na senzala. Olhando pro “teto”, você avista as telhas de barro, moldadas nas coxas dos escravos. Tudo muito interessante.

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Na vez em que passei por lá, uma “lei” era pregada entre os hoteleiros: nenhum devia dar informações sobre os pontos turísticos, para não tirar o trabalho dos guias. Por sorte, a dona da pousada em que fiquei era “fora da lei” e deu todo o croqui. Santa Rita de Jacutinga abriga (muitas) cachoeiras belíssimas, que não cabem em palavras. Não é preguiça de escrever… é que realmente fica difícil explicar o que é você estar numa estrada indo pra um lugar ‘x’ e resolver mudar de rota pois avistou uma gigantesca cachoeira láááá longe. Isso sem falar nos esportes radicais que podem ser praticados por lá como rappel, canoagem, rafting, entre outros.

Comida forte lá é pizza e sanduíche. Os jovens, que não têm muita opção de divertimento, costumam encostar seus carros com som alto na antiga estação de trem e se divertir por lá mesmo. Isso quando não inventam festas a fantasia sem motivo especial.


Finalizando: aí você me pergunta: “quando visitar esses lugares?”
AGORA!

São lugares atemporais… Não tem época do ano ideal. Claro que as datas comemorativas são épocas de pico, com maior movimento, aí vai mesmo do seu gosto. Sobre as cachoeiras no inverno… tomara que você tenha couro de jacaré ao invés de pele!

Cada época tem seus encantos e suas particularidades. Se eu disser que a melhor época é outubro e você só puder tirar férias em março? Você vai me odiar, não vai?! Então…! Aproveite… apenas curta!
Bons ventos a todos!

E não esqueçam de comentar abaixo!

Autor: Nathalie Sterblitch
E-mail: [email protected]

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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