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Caminho do Sol – o caminho de Santiago brasileiro

Quando eu tinha 12 ou 13 anos, li o livro Diário de um Mago, do Paulo Coelho, e esse livro mexeu muito comigo! Desde então passei a nutrir a vontade de fazer o Caminho de Santiago de Compostela, situado na Espanha, assim como Paulo Coelho.

A pouco tempo descobri O Caminho do Sol que é conhecido como o caminho de Santiago brasileiro, pois tem o mesmo objetivo e características. Começa em Santana de Parnaíba/SP e termina em Águas de São Pedro, no total são 241 km de caminhada, passando por Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva, Fazenda Cana Verde, Fazenda Vesúvio (Salto), Elias Fausto, Fazenda Milhã (Capivari), Mombuca, Clube Arapongas, Monte Branco, Artemis (Piracicaba) até enfim chegar a águas de São Pedro (a 180km de São Paulo). Esse percurso dura em média 11 dias, mas isso varia de acordo com o ritmo de cada um, e pode ser feito sozinho ou em grupo. Assim como o Caminho de Santiago, ele é sinalizado com setas amarelas,que estão sempre onde houver uma opção de caminho. Pode-se afirmar que a grande maioria do peregrinos que fazem o percurso caminhando está na faixa de 35 a 50 anos, e os ciclistas na faixa de 26 a 32 anos.

Idealizado por José Palma em 25 de julho de 2002, tem como objetivo oferecer aos amantes de caminhadas, um ambiente agradável, passando em sua quase sua totalidade, por áreas rurais, buscando a introspecção e o despojamento material. É considerado também preparatório para o caminho de Santiago, estima-se que 4 mil peregrinos já fizeram essa caminhada brasileira. Para fazê-la é necessário se inscrever e fazer uma palestra orientativa obrigatória, onde terá todas as dicas e informações necessárias para maiores informações: www.caminhodosol.org.

O custo é de 5 kg de mantimentos ou R$15,00 para a palestra a inscrição, R$ 93,00 mais 2 kg de mantimentos (os mantimentos arrecadados são distribuídos às famílias carentes ao longo do Caminho). Estadias, incluindo pernoites, refeições e café da manhã, R$50,00/dia (em média) calcule 12 pernoites. Essas estadias são pousadas especialmente desenvolvidas para atendê-los. Como o Caminho segue sempre pela área rural,as pousadas em sua grande maioria são fazendas, sítios, chácaras, até escolas rurais.

liana_caminhodosol-mapa

A caminhada é bem no estilo mochileiro, por isso, deve estar com a mochila preparada. É recomendado aos caminhantes levar:

– Mochila especial para caminhadas;
– Bermuda Dry-Fit;
– 2 camisetas Dry-Fit;
– 6 a 8 pares de meia finas e grossas;
– Calça (estilo bermuda – Tac tel);
– Chinelo / Papete;
– Sleeping Bag;
– Protetor Solar;
– Casaco de Nylon Anorak;
– Chapéu / Boné;
– Cajado ou Bastão;
– Material Pessoal de Higiene (Remédios Caseiros, Anti-Inflamatório, Anti-Térmico, Agulha e linha para costurar as bolhas e Micro Pore);
– Cantil ou Garrafa de Água;
– 6 alfinetes de fralda;
– Frutas Secas (Damasco, Ameixa, Uvas Passas, Nozes, Barra de Cereais);
– Cápsulas de Vitamina C (2g) ou Aminoácido;
– Um par de tênis (tipo out door), especial para caminhadas de longa distância;
– Capa de chuva;
– Casaco de fleece anorack (jaqueta especial de nylon) em caso de frio;
– Uma toalha esportiva ou fralda. (Não levar toalha doméstica).

* Não levar Jeans e o peso da mochila não deve ultrapassar 10% de seu peso.
Na chegada existe uma missa especial para os peregrinos com bênção, que são anunciados pelo nome e cidade de origem, como na Espanha.

Isso é justamente o que mais me atraí, uma viagem com um propósito mais profundo, não convencional, que não vai ser só mais uma, mas sim que vai trazer crescimento espiritual e pessoal e ficar marcada para o resto da vida! Quem já fez diz que realmente é uma experiência sensacional, que muda a visão que tem da vida, descobre que consegue superar limites, tanto físicos como emocional. Também é melhor fazer o caminho em grupo, pois cria a união, onde um ajuda o outro e a partir daí, na maioria das vezes nasce uma especial amizade.

Essa eu vou fazer o quanto antes, e quando fizer, vou dividir essa experiência com você, ok?!

Autor: Liana Carolina
E-mail: [email protected]
Site: http://www.amochila.blogspot.com

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

18 Comentários

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  1. Ola a todos,

    Quanto ao contato tente [email protected] .

    Quanto a matéria, peço que verifiquem os dados divulgados, pois penso que estao desatualizados. Algumas pousadas como Fazenda Vesúvio e Fazenda Cana Verde nao integram mais a rota, sendo substituídos. E, os valores de pernoites variam entre 90 a 120/diaria.

    O site do Caminho do Sol é uma boa fonte de informações, logo ele volte ao ar.

    Abraço a todos

  2. Olá Maurício
    Fiz o Caminho do Sol no final de julho de 2015, e posso dizer que a inflação correu solta por lá. Os valores de pernoite com almoço, jantar e café da manhã estão muito caros, paguei entre 110,00 e 140,00. Absurdamente caro se levar em conta que as refeições oferecidas eram simples (feijão, arroz, frango, alguma salada, e mais alguns pratos simples, veja que não estou dizendo que eram ruins. A noite normalmente era um caldo e espaguete com saladas). Como falei as refeições eram gostosas mas simples que não justificam os valores cobrados. E as acomodações, em alguns lugares, chegavam a ser insalubres, dormir em alguns colchões e travesseiros era um atentado a saúde, aqui também não estou falando em luxo mas em limpeza. Em Pirapora do Bom Jesus dormimos em um quarto extremamente sujo e cheirando mal, se a vigilância sanitária fizesse uma vistoria iria fechar o local, com certeza. Eu e muitas das 9 pessoas que fizeram o caminho juntas chegamos a mesma conclusão, estávamos sendo explorados.

  3. Mauricio,
    Muito prazer.
    Somente agora tomei conhecimento deste comentário e gostaria de fazer algumas observações:
    1.O pré requisito para inscrever-se é assistir a Palestra Orientativa, que explica detalhadamente nossas limitações e características, entre as informações que fazemos questão de ressaltar é a simplicidade das pousadas e o custo das diárias e a perda da privacidade – com o objetivo maior de passar aos interessados a nossa realidade, para que assim decidam se de fato é o programa que pretendem fazer.
    2.Ao idealizar o Caminho do Sol, optei em faze-lo pela área rural, para que as pessoas pudesse ter mais contato com a natureza e momentos de reflexão e introspecção.
    Porem ao nos afastarmos dos equipamentos urbanos, o desafio era encontar um local que nos acolhesse e que o trecho não fosse superior a 24km – distância que considero mais próxima de atender a diversidade de caminhantes.
    Realmente um desafio – encontra-se o local ideal mas a distância é muito superior.
    Busca-se uma outra opção e local propício fica à uma distância muito abaixo do objetivo.
    3. Então vem a primeira lição – que muitos não entendem – agradecer o que o universo nos oferece – e aí temos somente duas opções – sim ou não.
    3.sou empresário – e o caminho não é minha fonte de renda – é uma fonte que me abastece de energia e de amor. Desde 2002 – recepciono pessoalmente os caminhantes que chegam à pousada inicial – sempre a véspera do Caminho – entrego o kit inscrição, repasso as principais informações dadas na palestra, atualizando eventuais novidadaes,regulo cada mochila mostrando os 5 ajustes para adapta-la à cada anatomia – mostro como utilizar o cajado e sua importância – finalizamis com uma pizza comunitária.
    4. 11 dias depois – pessoalmente os recepciono ao final do Caminho, onde é realizada uma cerimônia de entrega da Ara Solis – documento que comprova a realiação do percurso – vem assinada por mim, pelo prefeito da cidade e pelo pároco local.
    5. religiosamente aos domingos – 8:0hs – para quem opta em ficar mais uma noite – realizamos o “café com prosa” onde os que ficaram entregam entregam um questionario de avaliação de cada pousada classificando como péssimo, ruim, regular e bom – os ítesn: atendimento, instalações, limpeza e refeições – e um espaço para crítiucas e sugestões.
    6. também informo sobre os demais caminhos brasileiros, entrego materialsobre o Caminho de Santiago, assim como todas as informações à quem solicita.
    7.a diferença de visão de quem fica para esta conversa e aqueles que mal termina a cerimômia regressam é gritante.
    Começo o encontro pedindo que cada pessoa fale somente sobre o que não goatou – que de fato é o que nos interessa – e esclareço que serão estas críticas (construtivas) é o que nos fará ter um caminho cada vêz melhor.E se possível junto com as críticas façam sugestões.
    Ouço pacientemente cada participante e ao final vou respondento ítem por ítem, explicando as dificuldades e limitações. Ao final passam a ter uma visã 360º de nossas limtações e passam a entender o que significa estar do lado de cá do balcão.
    Certamente, pelo relato acima, ela não ficou para nosso café, assim como não sei se todos ficaram ou não.
    Ou se ela teve oportunidade de conversar depois com quem ficou e inteirar-se dos temas tratados.
    8.O objetivo deste café absolutamente não é defender-se, ou fazer com que mudem de opinião. Ao contrário mostrar uma realidade e o grau de dificuldade e/ou limitações para atender demandas praticamente impossíveis de se resolver de imediato ou até mesmo de serem resolvidas.
    9.Temos peculariedades que nos diferenciam e valorizam o ser humano e mostra claramente a invisibilidade de nosso voluntariado.
    dois exemplos:
    a. temos duas pousadas atendidas por voluntários que largam suas atividades semanalmente para acolhe-los – rodam em média 350km para ida e volta – arcam com suas despesas – recebem os peregrinos, fazem compras, servem refeições, fazem a limpeza antes e depois de passarem, fazem a manutenção e reparos das pousadas, nesta tarefa perdem em média quase 3 dis entre ir e vir.
    Todos os relatos elogiam esta dedicação – e invariavelmente dizem;”deveria erb tudo assim, isto é que é saber acolher”
    Respondo são voluntários – se tivermos mais poderemos ter mais pousadas assim (???!!!) digo: não podemos convidar ninguém para ser voluntário – é uma decisão pessoal e espontânea.
    Também realizam as chamadas “nuvens” deslocam-se para determinados pontos e surpreendem os peregrinos, com música clássica, lanche natural, sucos, refrigerantes, frutas, bolos e…muito amor.
    custo?: nada.
    10. minha irmã Fatima acompanha diariamente o trajeto, a saída e a chega da do grupo comunucando-se com a pousada de patida e a de chegada.
    Temos um grupo no whats app com todas aspousadas e os pontos de apoio – para comunicação em tempo real.
    Para concluir, pois poderia escrever um tratado – peço que entre no grupo de discussão no face “Caminho do Sol” e converse diretamente com os peregrinos, pergunte o que quiser, ouça a opinião e cada um.
    Não somos perfeitos, temos consciência de nossas limitações, de nossas falhas e de nossos erros. Temos a humildade de acolher olho no olho cada reclamação e buscamos melhorar a cada dia.
    Mas tenho plena convicção que este tipo de relato, aliás verdadeiro – é de quem não sentou comigo e teve uma converda franca e disposição para nos ouvir e entender a dura realidade dequem luta e arca com os custos de um projeto que antes de mais nada visa o bem comum e a proporcionar felicidade ai ser humano – ser interessar-se por quem é, para quem é.
    Não sabemos o que fazem e quem são.
    Mas procuramos fazer igual e melhorà cada um.
    Tudo para retribuir o que recebi do Caminho de Santiago.
    Tudo para divulgar e potencializar não só o Caminho de Santiago, mas também os Caminhos Brasileiros e valorizar o “ato de caminhar”
    Forte abç
    José Palma
    Idealizador
    tel 011 2215 1661
    cel 011 9 9981 2646

  4. Lí como muita atenção os relatos aqui publicados…vou fazer o caminho de Santiago de Compostela agora em setembro 2017 e tinha a intenção de fazer o Caminho do Sol como um preparatório, mas devido a estrutura oferecida optei em fazer o caminho da fé que parece estar mais estruturado e não ficarei limitado a fazer percursos pré estabelecidos, podendo livremente fazer meu ritmo…alem de que no caminho da fé não existe necessidade de inscrição e nem pagamento de taxa…

  5. Gostaria, de ainda esse ano, fazer o caminho do sol.Mas pelo que li, as condições não estão muito favoráveis. Sou mulher e tenho 53 anos.Vou passar por um momento difícil,e quero realizar esse objetivo antes .A situação está como disseram anterior//?

  6. Bom dia,, para vocês terem uma ideia, eu fico no Bairro do pedregulho município de itu rota dos peregrinos e trabalho com Turismos rural, sem ter o carimbo do caminho do Sol, eu recebi muitos peregrinos que não tinham onde fazer suas necessidades, então abri o portão da Fazenda Concórdia para eles , que não deixaram de consumir porções , sucos gatorade,sem saber dia e nem datas ficou bem difícil entender todo este processo.Os peregrinos passaram reto da minha entrada até que cansados encontraram funcionários que explicaram tudo para eles, a certos momentos que não estou com portões aberto, Não foi por falta de falar , de mandar e-mail para o Senhor José Palma.Acredito que o turista ,ou peregrinos estavam desesperados para tomar água, usar banheiros.Uma viagem de caminhadas para Santiago deve ter seu preço, eu tenho que ter o meu, e todos que aqui entraram consumiram e aceitaram as condições da Fazenda Concórdia.
    Não sei como já informei como funciona, porem me preocupei com gente como eu.

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