Mauricio Oliveira
Já tinha ido na Pedra do Frade há tempos, mas eu queria voltar para fazer um bate e volta em um dia só, chamei uma amiga para ir comigo, subimos a Serra de Bananal cedo no sábado. É uma subida de responsa para subir de bike, chegamos na Pousada depois do almoço. Íamos dormir logo depois da pousada numa casa emprestada de um amigo meu, fazia muito frio lá, sorte que tinha fogão à lenha.
Dormi pouco preocupada com o caminho da pedra. Caminho é modo de falar pois é uma trilha na mata, muito fácil de se perder, como já aconteceu varias vezes com pessoas que não conhece o caminho e pensa que é fácil. O certo é levar equipamento e dormir lá em cima, pois dá uma média de 6 horas de caminhada só de ida, mais eu não queria dormir lá.
Acordamos cedo, tava escuro ainda, o pessoal da pousada (o Carlinho) não queria que eu fosse sozinha, tava preocupado comigo, uma mochila pequena com lanche para o dia, um cantil, canivete, maquina fotográfica, calça comprida, blusa de manga comprida, pois tem um bambuzinho que arranca a pele da gente onde passa, não é brincadeira, não foi fácil chegar lá, a ultima parte é só subida na pedra com corda de segurança, tem um resto de escada muito antiga, não da para confiar nela.
Minha amiga não queria subir nem a pau, mais aí amarrei uma corda nela e ajudei a subir, ela tava até branca mais depois disse que valeu a pena subir. Mas vale mesmo a subida, o céu tava de um azul lindo, dava a para ver o Frade, o parque e a Ilha Grande. Bati muitas fotos, filmei, também estou mandando algumas delas para vocês verem.
Ficamos pouco lá pois tinha a volta, queria chegar antes do anoitecer. Ficar na mata a noite não é para qualquer um não, eu não gostaria nadinha. Voltei quase correndo para dar tempo, quase matei minha amiga gritando “vamos, vamos, vamos”, preocupada com o tempo tem que prestar muita atenção no caminho de volta. Não tem tempo para erros mais deu tudo certo, quando chegamos o Carlinhos tava nos esperando preocupado falando que eu sou doida em ir lá sozinha mais foi muito bom.
Não aconselho ninguém a ir lá sozinho, chame gente que conheça o caminho muito bem. Naquela noite estávamos cansadas, mas satisfeitas de ter dado tudo certo, comemos truta com palmito feito no fogão à lenha e dormimos muito bem, no outro dia viemos embora cedo de bike até Volta Redonda, que é onde moro.
Até a próxima aventura!!!
Beijos.
Autor: Ivete do Amaral.
E-mail: [email protected]
Cidade/UF: Rio de Janeiro – RJ
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