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12 dicas para economizar durante seu próximo mochilão

Parque Nacional Torres del paine, no Chile
Parque Nacional Torres del paine, no Chile

Depois de viajar por quase dois anos pela América do Sul com um orçamento baixíssimo e no melhor estilo mochileira/caroneira/perrengueira, decidi selecionar algumas dicas que li ou descobri durante meu mochilão e que me ajudaram a economizar muito no dia a dia na estrada.

Não sou muito adepta a fazer longas planilhas Excel anotando cada pedaço de pão com queijo que eu como na estrada, mas também sei que aprender a controlar o orçamento e estabelecer metas de gastos diários fazem toda a diferença na apertada vida financeira de qualquer mochileiro.

Então abre o bloco de notas porque lá vem dica boa:

1 – ESCOLHA UM DESTINO BARATO

O primeiro passo para fazer um mochilão bem econômico é escolher um destino barato, e se for um destino internacional, melhor que tenha moeda bem menos valorizada que a do seu país.

Países da América do Sul como Peru e Bolívia e outros tantos países asiáticos como Tailândia e Índia são boas opções tanto para quem está com o orçamento apertado quanto para quem gosta de destinos exóticos.

Não adianta querer viajar para conhecer todas as cidades famosas da França ou da Austrália, que são países onde tudo é muito caro, se o seu orçamento está na casa dos R$1000,00 para viajar dois longos meses.

Salar de Uyuni, na Bolívia
Salar de Uyuni, na Bolívia

2 – VIAJE NA BAIXA TEMPORADA

Viajar na baixa temporada também é uma dica valiosa, pois tudo se torna mais barato, principalmente os alojamentos e os passeios turísticos.

Além de mais baratos os destinos turísticos ficam obviamente mais vazios, o que na minha opinião o torna ainda mais agradável, ou você gosta de ficar sem água encanada no litoral carioca ou de enfrentar filas para comprar a entrada da Orquestra Municipal em Viena?

Rio de Janeiro, lindo em qualquer época do ano
Rio de Janeiro, lindo em qualquer época do ano

3 – INFORME-SE E PROGRAME-SE

Informe-se sobre quando são as altas e baixas temporadas da cidade que quer visitar, os transportes e seus preços, passeios que podem ser feitos de graça e aqueles que exigem um dinheirinho a mais, tudo que seja necessário para tornar sua viagem uma experiência divertida sem sair do orçamento.

Com base nessas informações, que podem ser adquiridas em grupos de viagem como o do Mochileiros.com, você estará pronto para começar a se programar e viajar com mais economia.

Organizando um pequeno mochilão pelo litoral brasileiro
Organizando um pequeno mochilão pelo litoral brasileiro

4 – TRANSPORTE

Se estamos falando de viagens internacionais ou de alguém que mora no Rio Grande do Sul e planeja uma boa mochilada pelo Amazonas é bom considerar uma longa e antecipada pesquisa em preços de passagens aéreas, do contrário você teria que amargar uma semana de ônibus só pra chegar ao seu destino.

Eu viajo de carona, isso todo mundo que acompanha a Rosa dos Ventos já sabe, mas se você acha que viajar de carona esticando o dedão na estrada é se arriscar demais, existem formas de viajar de carona compartilhando gastos que pode te dar um pouco mais de segurança na hora de ter essa nova experiência, como por meio de grupos de carona no facebook.

Além disso fuja dos transportes turísticos, como os lindos e confortáveis barcos que fazem idas e vindas a ilhas, como em Ilha Grande, no estado do Rio de Janeiro e os trens Maria Fumaça que ligam cidades mineiras, eles geralmente são mais caros mas cumprem a mesma função que um barquinho pesqueiro e um ônibus tradicional, te levam ao seu destino.

Viajando de carona entre Chile e Bolívia
Viajando de carona entre Chile e Bolívia

5 – ALOJAMENTO

Booking.com

Existem muitas formas de se conseguir hospedagem gratuita ou ao menos mais barata ao longo de uma viagem.

Couchsurfing é definitivamente a plataforma “viajante” mais utilizada por mim e também a maior plataforma de hospedagem gratuita da atualidade. Além da hospedagem gratuita e da possibilidade de um contato mais próximo com pessoas locais, o Couchsurfing possui ferramentas para organização de pequenos eventos, permitindo conhecer e fazer passeios com outros viajantes e pessoas locais, seja uma bicicletada por Santiago ou um encontro na praia de Copacabana.

Já os hostels são os alojamentos pagos mais baratos dentro da hotelaria e para mim, os mais divertidos também. Além de economizar no preço do quarto, que geralmente é compartilhado entre várias pessoas, existe a possibilidade de cozinhar e curtir uma festinha barata e no quintal de “casa”.

Por meio de sites como o Hostelworld e Booking.com é fácil encontrar hostels de todo tipo e todo preço em qualquer parte do mundo.

Hostel onde me hospedei em Santiago, no Chile
Hostel onde me hospedei em Santiago, no Chile

6 – ALIMENTAÇÃO

Todo mundo adora comer em bons restaurantes e provar aquelas comidinhas famosas de cada região do Brasil ou de cada canto desse mundão, mas infelizmente almoçar em Puerto Madero em Buenos Aires ou provar os tradicionais doces turcos nas confeitarias próximas ao Estreito de Bósforo tem seu preço, e coloca preço nisso!

Mas nem tudo está perdido, já que no mundo mochileiro os pequenos orçamentos geralmente vêm acompanhados de muita criatividade.

Se estou em um hostel ou em um couchsurfing onde posso cozinhar, já economizo muito nos gastos com alimentação do dia a dia, isso sem falar naquele lanchinho que posso preparar e levar na mochila para um dia de passeio mais longo. Se cozinhar não é uma opção, procure por feiras e lanchonetes onde as pessoas locais comam, fora da zona turística, é sempre mais barato e tem comida típica de verdade.

Na Bolívia eu tomava café da manhã em mercados junto com os trabalhadores bolivianos, porque lá era difícil conseguir hostels com cozinha e ainda pior conseguir couchsurfing. Vale ressaltar que lá a comida de rua é de higiene e procedência bastante duvidosa, mas a economia era certa.

Assando pizza em um acampamento na Bolívia
Assando pizza em um acampamento na Bolívia

7– ANOTE SEUS GASTOS

Essa é, pelo menos para mim, a parte mais chata de se viajar de modo econômico. Não me importo em viajar de carona, em dormir em barraca ou fazer minha própria comida, mas anotar gastos e contabilizar cada centavo que sai da minha carteira é algo que me cansa, mas sei também que é importante, e talvez uma das coisas mais importantes que aprendi sobre economizar em viagens.

Eu sempre viajei gastando pouco, mas inicialmente não tinha a menor ideia de quanto gastava, ou quanto precisaria economizar durante uns dias por conta de algum gasto extra com passeios ou mesmo com um remédio quando ficava doente.

Quando comecei a anotar meus gastos e a estipular quanto poderia gastar por dia, tudo se tornou muito mais fácil e previsível e meu dinheiro passou a render muito mais, até porque o lanchinho e aquela cervejinha não fazem muita diferença no orçamento diário, mas pague por eles todos os dias e veja o resultado no fim do mês…

8 – FAÇA PASSEIOS E ATIVIDADES GRATUITAS

Ao contrário do que muitos pensam, é possível sim fazer vários passeios turísticos gratuitos ou pelo menos de modo mais barato.

Os museus e casas de cultura geralmente abrem gratuitamente em um dia da semana, caminhar por praças e centros históricos também não custa nadinha, as praias e cachoeiras além de lindas são “0800” e aquele passeio que a maioria faz com ônibus e guias turísticos muito provavelmente pode ser feito em bicicleta, como na cidade de San Pedro do Atacama que possui uma infinidade de tours guiados e caros mas que também podem ser feitos de bicicleta e por conta própria.

Passeando pelas ruas de Valparaíso, no Chile
Passeando pelas ruas de Valparaíso, no Chile

9 – EVITE FESTAS E BEBIDAS ALCOÓLICAS

Eu sei que tomar uma cervejinha depois de um dia de muitas caminhadas e ir naquela boate bombástica é uma boa forma de se divertir, fazer novos amigos e dar aquela paquerada. Mas a verdade é que estes gastos pesam muito no orçamento, principalmente quando estamos em cidades muito turísticas.

Quando estive em Cusco fui a um bar delícia que está um pouco afastado da zona turística e tem um precinho bem camarada, deu pra conhecer muita gente bacana, curtir música de qualidade e se divertir. Umas noites depois decidimos ir ao famoso Mama África, que além de não ter me agradado em nada, me fez gastar só na entrada o que eu gastava no outro bar para beber a noite toda…

10 – APRENDA UM POUCO DO IDIOMA LOCAL

Conhecer o idioma do país que está visitando, além de ser uma forma legal de enriquecimento cultural, é também uma forma de não cair em golpes para turistas.

Em países onde os preços são estabelecidos com base na sua cara e no humor do vendedor ou prestador de serviço é bom saber um pouco do idioma para entender minimamente a negociação que está sendo feita.

Quando morei e trabalhei em um hostel em Bariloche um taxista quis cobrar o dobro do preço da corrida a um casal de australianos que dormia no mesmo quarto que eu, mas como eu falo espanhol e os acompanhei até a saída do hostel isso acabou não acontecendo porque eu briguei com o motorista e lhes expliquei que eles deveriam pagar o valor X e nada mais.

Saber o idioma local ajuda a compreender placas importantes
Saber o idioma local ajuda a compreender placas importantes

11 – VIAJE EM GRUPO/FAÇA AMIGOS E APROVEITE-SE DISSO

Viajar em grupo além de ser uma experiência divertida ou encorajadora para os que temem desbravar esse mundão sozinhos é também uma forma de economizar. É sempre possível conseguir descontos em passeios, hospedagens e dividir aquele táxi quando se está em um grupo maior.

Mas isso não significa que quem viaja sozinho como eu não possa fazer novas amizades pelo caminho e também se aproveitar disso para conseguir aquele desconto camarada.

Quando estava viajando pelo Peru, eu e meu ex-namorado decidimos fazer um determinado trecho da viagem de ônibus e não de carona e um conhecido alemão se juntou a nós e conseguimos um bom desconto na passagem de ônibus, e isso também funcionou quando me juntei a um grupo de cinco israelitas para conseguirmos um desconto em um passeio de barco na patagônia chilena.

12 – CUIDADO COM AS LEMBRANCINHAS

Eu definitivamente não faço parte do time das pessoas consumistas, mas confesso que tenho uma queda por lembrancinhas de viagem, ímãs, blusas divertidas e bandeirinhas para bordar na mochila são as minhas favoritas. Mas gastar dinheiro com isso é algo supérfluo demais, então geralmente me aproveito dos lugares onde vivo e trabalho.

Em Pucón, no sul do Chile, levei um ímã da agência de turismo onde trabalhei e uma das minhas camisetas de uniforme como lembrança e no Uruguai ganhei ímãs, adesivos e broches do Couchsurfing Uruguai, lembrancinhas mais originais que essas impossível!

Mas se você não planeja trabalhar durante seu mochilão e nem mesmo afanar camisas de uniforme do seu ex-chefe, mais uma vez volto à dica da população local. Compre onde os locais compram, afaste-se por uns minutinhos que seja da parte mais turística da cidade e compre o que tiver vontade de levar de recordação, só não vale fazer compra pra família inteira, aí não tem orçamento mochileiro que aguente!

Lembrancinha da cidade de Tilcara, na Argentina
Lembrancinha da cidade de Tilcara, na Argentina

Espero que tenham gostado das dicas e que elas sejam úteis nas próximas viagens de vocês. Para acompanhar minha vida mochileira que segue para a Nova Zelândia dentro de algumas semanas sigam minha página no Facebook e acompanhem minhas publicações aqui no Trilhas e Aventuras.

Por Larissa Gomes
Email: [email protected]

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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